Nomofobia: o medo irracional de ficar sem o celular

Vivemos em uma era digital, onde a tecnologia se tornou uma parte indispensável de nossas vidas. E, no centro dessa revolução tecnológica, está o smartphone. Esses dispositivos multifuncionais se tornaram uma extensão de quem somos, mantendo-nos conectados ao mundo, fornecendo entretenimento e auxiliando em tarefas do dia a dia. No entanto, o uso excessivo e a dependência do celular deram origem a um fenômeno preocupante: a nomofobia. A nomofobia é um termo que vem da junção de “no mobile” (sem celular) e “phobia” (fobia), e descreve o medo irracional de ficar sem o celular. Pode parecer estranho à primeira vista, mas a prevalência desse medo é muito mais comum do que se imagina.

Milhões de pessoas ao redor do mundo experimentam essa ansiedade paralisante quando estão longe de seus smartphones, e ela está se tornando cada vez mais uma preocupação de saúde pública. Neste artigo, exploraremos mais a fundo a definição da nomofobia, sua prevalência crescente e as consequências reais que esse medo pode ter em nossa vida cotidiana. Além disso, discutiremos estratégias para lidar com esse problema, bem como outros temas relacionados à dependência do celular e seu impacto em nossa saúde mental e bem-estar. Prepare-se para mergulhar no intrigante mundo da nomofobia e descobrir como podemos encontrar um equilíbrio saudável entre a tecnologia e nossas vidas.

O que é nomofobia?

A nomofobia, abreviação de “no mobile phone phobia,” é um fenômeno que descreve o medo irracional e a ansiedade intensa associados à ideia de ficar sem o celular ou sem acesso à internet. Para muitos de nós, o smartphone se tornou uma extensão de nossa identidade, nossa principal fonte de conexão com o mundo e uma ferramenta indispensável em nossas vidas. No entanto, para aqueles que sofrem de nomofobia, a mera ideia de se separar do celular desencadeia uma série de sintomas emocionais e psicológicos. Os sintomas da nomofobia podem variar de pessoa para pessoa, mas incluem comumente ansiedade, irritação, inquietação e até mesmo ataques de pânico. 

A dependência do celular atinge um ponto em que a simples ausência do aparelho pode causar um estado de desconforto extremo. Este medo irracional também pode afetar o funcionamento cotidiano, prejudicando as relações interpessoais, a concentração no trabalho e a qualidade do sono. Compreender a natureza da nomofobia é o primeiro passo para lidar com esse problema crescente, que está se tornando cada vez mais relevante em nossa sociedade digitalizada. Nos próximos tópicos, exploraremos a prevalência desse fenômeno e suas consequências reais, bem como estratégias para superar a nomofobia e estabelecer um equilíbrio saudável entre a tecnologia e nossas vidas.

O surgimento da nomofobia

A nomofobia é um fenômeno intrinsecamente ligado à nossa era digital e à rápida evolução da tecnologia. Seu surgimento pode ser traçado de forma inequívoca ao início do século XXI, quando os smartphones começaram a se tornar populares e a internet e as redes sociais se tornaram parte fundamental da vida cotidiana. Com os smartphones, as pessoas ganharam acesso instantâneo a um mundo de informações, comunicação constante e entretenimento na palma da mão. Esses dispositivos revolucionaram a maneira como nos conectamos com o mundo e uns com os outros. No entanto, à medida que a tecnologia se tornou mais acessível e as redes sociais ganharam popularidade, as pessoas gradualmente se tornaram mais dependentes de seus celulares.

A sensação de estar constantemente “conectado” passou a ser uma norma social, e a pressão para responder a mensagens, estar presente nas redes sociais e acompanhar notícias e eventos se intensificou. Esse ambiente de constante conectividade e a crescente necessidade de validação social podem ter contribuído para o surgimento da nomofobia. As pessoas começaram a sentir uma crescente ansiedade associada à ideia de ficar desconectadas, como se estivessem perdendo algo importante ou excluídas de uma comunidade virtual. O surgimento da nomofobia é, portanto, um reflexo das mudanças rápidas e profundas em nosso estilo de vida, com a tecnologia desempenhando um papel central em nossas relações, trabalho e lazer. À medida que continuamos a explorar esse fenômeno, é essencial compreender como a dependência do celular se entrelaça com a evolução da sociedade digital, impactando nossa saúde mental e emocional de maneiras complexas. Nos próximos tópicos, examinaremos a prevalência crescente da nomofobia e suas consequências no bem-estar das pessoas.

Sintomas e efeitos da nomofobia

A nomofobia, como mencionado anteriormente, é um fenômeno que pode ter um impacto profundo na vida daqueles que a experienciam. Para compreender plenamente o alcance dessa ansiedade em relação à desconexão digital, é crucial examinar os sintomas comuns associados a ela, bem como os efeitos negativos que pode ter na vida das pessoas.

Sintomas Comuns da Nomofobia

Ansiedade

A ansiedade é uma das características mais proeminentes da nomofobia. A ideia de ficar sem o celular ou sem acesso à internet pode desencadear níveis significativos de preocupação e desconforto.

Irritabilidade

A irritabilidade é frequentemente observada em indivíduos com nomofobia. A frustração causada pela inabilidade de usar o celular pode levar a mudanças de humor e irritação.

Inquietação

A sensação de inquietação é um sintoma que pode ser sentido quando a pessoa se vê sem o smartphone. Há uma compulsão para recuperar o acesso às redes sociais e à comunicação constante.

Pânico

Em casos mais graves, a nomofobia pode desencadear ataques de pânico, caracterizados por palpitações, falta de ar e uma sensação avassaladora de medo.

Problemas de Concentração

A dependência do celular pode afetar a capacidade de concentração, prejudicando o desempenho acadêmico e profissional.

Efeitos Negativos da Nomofobia

Prejuízos nas Relações Interpessoais

A nomofobia pode afetar a qualidade das relações pessoais, uma vez que a pessoa pode se tornar mais envolvida com o celular do que com as pessoas ao seu redor.

Problemas de Sono

A dependência do celular pode interferir no sono, já que muitas pessoas verificam seus dispositivos durante a noite, interrompendo os ciclos naturais de descanso.

Disfunções Sociais

A necessidade constante de verificar o celular pode resultar em um isolamento social gradual, à medida que as interações presenciais são substituídas por interações virtuais.

Prejuízo no Desempenho Acadêmico ou Profissional

A falta de concentração e o constante uso do celular podem prejudicar o desempenho acadêmico e profissional, levando a atrasos e diminuição da produtividade.

Em resumo, a nomofobia não é apenas um medo irracional de ficar sem o celular; é um fenômeno que pode ter sérias repercussões na saúde mental e no bem-estar das pessoas. A compreensão dos sintomas e efeitos da nomofobia é essencial para abordar essa questão crescente de forma eficaz. Nos próximos tópicos, discutiremos a prevalência da nomofobia e estratégias para combatê-la.

Causas da nomofobia

A nomofobia é um fenômeno complexo, e suas causas podem ser atribuídas a uma interseção de fatores psicológicos, sociais e tecnológicos. Para entender melhor por que a nomofobia se manifesta, é importante examinar essas causas em diferentes áreas da vida da pessoa.

Dependência da tecnologia

O uso excessivo de smartphones e outros dispositivos móveis pode levar à dependência tecnológica. A facilidade de acesso à internet, aplicativos e entretenimento online cria uma armadilha para muitos, que passam a confiar cada vez mais em seus celulares para as tarefas diárias.

Necessidade de validação nas redes sociais

As redes sociais desempenham um papel importante na nomofobia. Muitos indivíduos usam suas contas nas redes sociais para construir uma identidade virtual e buscam validação e aprovação de seus pares. A ausência do celular pode ser percebida como a perda de uma plataforma de validação social.

Medo de perder informações importantes

Com o armazenamento de informações pessoais, fotos, e-mails e documentos no celular, a ideia de ficar sem o dispositivo pode gerar o medo de perder informações cruciais. Esse medo pode ser uma das causas subjacentes da nomofobia.

Pressão para estar sempre conectado

A sociedade moderna muitas vezes impõe uma pressão para estar sempre disponível e conectado. A necessidade de responder rapidamente a mensagens, estar disponível para o trabalho e estar ciente das notícias em tempo real pode criar um ciclo vicioso de dependência do celular.

Fuga de problemas pessoais

Para algumas pessoas, o celular se torna uma forma de escapar de problemas pessoais ou do tédio. O constante entretenimento digital pode oferecer uma distração das preocupações da vida cotidiana, incentivando o uso excessivo.

Expectativas sociais e normas

A sociedade moderna estabeleceu normas que promovem o uso constante de tecnologia, como responder a mensagens imediatamente. Isso pode criar uma sensação de obrigação de estar sempre conectado, independentemente das circunstâncias.

É importante destacar que a nomofobia não tem uma única causa, e a combinação desses fatores pode variar de pessoa para pessoa. Compreender as causas subjacentes da nomofobia é o primeiro passo para encontrar estratégias eficazes de prevenção e tratamento. Nos próximos tópicos, abordaremos a prevalência da nomofobia e discutiremos como lidar com esse fenômeno de maneira saudável.

Como superar a nomofobia

Superar a nomofobia requer esforço e conscientização. Aqui estão algumas estratégias que podem ajudar a lidar com a ansiedade em relação ao uso do celular. Primeiro, considere buscar ajuda profissional, como um psicólogo ou psiquiatra, caso a nomofobia esteja afetando significativamente sua qualidade de vida. Eles podem oferecer orientação e terapias específicas. Estabeleça limites claros para o uso do celular. Defina horários específicos para verificar mensagens e redes sociais, evitando o uso excessivo

Utilizar aplicativos e configurações de tempo de tela pode ser útil nesse processo. Praticar mindfulness, como meditação, pode melhorar a consciência em relação ao uso do celular e reduzir a ansiedade associada a ele, ajudando a manter o foco no momento presente. Terapias, como a terapia cognitivo-comportamental (TCC), podem ser eficazes no tratamento da nomofobia, ajudando a identificar e modificar pensamentos e comportamentos disfuncionais. Receba o apoio de amigos e familiares para auxiliar na mudança de hábito.

Compartilhar seus objetivos de reduzir o uso do celular com entes queridos pode ser motivador. Considere períodos regulares de “desintoxicação digital,” durante os quais você desliga completamente o celular por algumas horas, um dia inteiro ou mais, dependendo de suas necessidades. Refletir sobre suas prioridades na vida e como o uso do celular se encaixa nesse contexto é importante. As conexões pessoais e o equilíbrio na vida são cruciais. Encontre atividades offline que o envolvam e o distraiam de pensamentos relacionados ao celular, como exercícios, hobbies, leitura e interações sociais face a face.

Estas atividades podem ser excelentes alternativas. Lembre-se de que superar a nomofobia pode ser um processo gradual, e o que funciona para uma pessoa pode não ser o ideal para outra. Experimente diferentes estratégias e abordagens para descobrir o que melhor se adapta às suas necessidades e estilo de vida. O mais importante é reconhecer que a nomofobia é tratável e que é possível recuperar o controle sobre seu relacionamento com a tecnologia.

Dicas para reduzir a dependência do smartphone

A dependência do smartphone é um desafio cada vez mais comum, mas é possível adotar algumas dicas práticas para reduzir essa dependência e encontrar um equilíbrio saudável no uso do dispositivo. Aqui estão algumas sugestões:

Crie Horários Específicos: Estabeleça horários específicos para o uso do smartphone. Defina momentos durante o dia para verificar mensagens, e-mails e redes sociais. Evitar o uso fora desses horários pode ajudar a controlar a dependência.

Elimine Aplicativos Distrativos: Identifique os aplicativos que mais causam distração e considere eliminá-los ou, pelo menos, movê-los para pastas menos acessíveis na tela inicial. Isso tornará mais difícil o acesso impulsivo.

Desative Notificações: Desative as notificações de aplicativos que não sejam essenciais. Isso reduzirá a interrupção constante e permitirá que você concentre sua atenção em tarefas importantes.

Desconecte-se das Redes Sociais em Momentos de Lazer: Durante momentos de lazer e interações sociais presenciais, desconecte-se das redes sociais. Evite o impulso de verificar constantemente atualizações.

Estabeleça Momentos Livres de Tecnologia: Reserve momentos do dia, como o início da manhã ou antes de dormir, para estar livre de tecnologia. Isso pode melhorar a qualidade do sono e reduzir a dependência do smartphone.

Use Aplicativos de Rastreamento de Uso: Existem aplicativos projetados para monitorar e controlar o tempo gasto no smartphone. Eles podem fornecer informações valiosas sobre seus hábitos e ajudar na redução do uso excessivo.

Pratique a Regra dos Dois-Minutos: Quando sentir o impulso de verificar o celular sem motivo específico, aplique a “regra dos dois minutos.” Espere dois minutos antes de pegar o dispositivo. Muitas vezes, o impulso diminuirá durante esse período.

Encontre Alternativas de Entretenimento: Em vez de recorrer ao smartphone para o entretenimento constante, explore atividades offline, como exercícios, leitura, hobbies ou interações sociais em pessoa.

Estabeleça Metas de Uso: Defina metas realistas para o tempo diário que você deseja passar no smartphone. Acompanhe seu progresso e faça ajustes conforme necessário.

Conte com o Apoio de Amigos e Familiares: Compartilhe seus objetivos de reduzir a dependência do smartphone com pessoas próximas. Eles podem ajudar a manter você responsável e motivado.

Lembre-se! Reduzir a dependência do smartphone é um processo gradual, e é normal enfrentar desafios ao longo do caminho. O mais importante é perseverar e encontrar um equilíbrio que funcione para você, permitindo que você aproveite as vantagens da tecnologia sem que ela domine sua vida.

O impacto da nomofobia na saúde mental

A nomofobia, o medo irracional de ficar sem o celular, não se limita apenas ao vício no dispositivo. Ela exerce um impacto significativo na saúde mental, desencadeando uma série de problemas que podem afetar profundamente a qualidade de vida. A ansiedade é uma resposta comum à nomofobia. O medo de ficar sem o celular ou de perder a conexão com a internet pode desencadear sintomas como ansiedade e estresse, como palpitações, sudorese e preocupações constantes. Além disso, o uso excessivo do celular, especialmente nas redes sociais, pode contribuir para sentimentos de inadequação e isolamento social, fatores de risco para a depressão.

A dependência do smartphone frequentemente resulta em uma diminuição da interação social face a face, o que, por sua vez, leva a sentimentos de solidão e isolamento. Esse isolamento social pode prejudicar ainda mais a saúde mental. A nomofobia também interfere no sono, uma vez que as pessoas muitas vezes verificam seus dispositivos durante a noite, interrompendo os ciclos naturais de descanso. A privação de sono está associada a problemas de saúde mental, como a depressão.

Além disso, a dependência do celular pode prejudicar as relações interpessoais, já que as pessoas podem ficar mais envolvidas com seus dispositivos do que com aqueles ao seu redor. Isso pode resultar em conflitos e problemas de relacionamento.

A nomofobia não está isolada e muitas vezes está relacionada a outros transtornos psicológicos, como transtorno de ansiedade generalizada, transtorno do pânico, fobia social e transtorno depressivo maior. O uso excessivo do smartphone pode agravar esses transtornos ou ser um sintoma deles. Portanto, é essencial reconhecer que a nomofobia vai além do simples apego ao celular e pode ter repercussões profundas na saúde mental das pessoas. É fundamental estar ciente dos sinais da nomofobia e buscar ajuda quando necessário para lidar com suas implicações na saúde mental.

Nomofobia no local de trabalho

A nomofobia, o medo irracional de ficar sem o celular, não se limita ao âmbito pessoal, e seu impacto se estende ao ambiente de trabalho, onde pode desencadear uma série de consequências prejudiciais. O uso excessivo do smartphone durante o horário de trabalho pode ter várias implicações negativas. Primeiramente, a nomofobia pode prejudicar a produtividade no trabalho. O ato de verificar constantemente o celular durante o expediente leva a interrupções frequentes, resultando na fragmentação das tarefas e no tempo perdido para recuperar o foco. Isso, por sua vez, pode resultar em tarefas inacabadas e atrasos.

Além disso, os smartphones são uma fonte constante de distrações no local de trabalho. Notificações de mensagens, redes sociais e e-mails podem interromper o fluxo de trabalho, dificultando a concentração em tarefas importantes. A pressão para estar sempre disponível, responder a mensagens imediatamente e gerenciar tarefas adicionais no celular também pode elevar o nível de estresse e ansiedade no ambiente de trabalho. Essa pressão constante para manter-se conectado pode afetar o bem-estar dos funcionários. Outro efeito da nomofobia no trabalho é o prejuízo nas relações profissionais. O uso excessivo do celular pode criar uma impressão negativa, levando colegas e supervisores a perceberem a falta de responsabilidade e compromisso.

Para gerenciar a nomofobia no ambiente de trabalho, é fundamental adotar estratégias como:

• Estabelecer limites claros para o uso do smartphone no trabalho, definindo horários específicos para verificar mensagens e e-mails.
• Desativar notificações não essenciais durante o expediente para evitar distrações.
• Utilizar técnicas de gestão do tempo, como o método Pomodoro, para dividir o trabalho em blocos focados e períodos de descanso.
• Comunicar-se eficazmente com colegas e supervisores sobre a necessidade de foco em tarefas críticas e definir expectativas realistas em relação à disponibilidade.
• Reservar momentos de pausa no trabalho para desconectar e relaxar, seja saindo para um breve passeio ou praticando meditação para recarregar as energias.
• Praticar a atenção plena para manter o foco nas tarefas durante o trabalho, seja fisicamente no local de trabalho ou virtualmente em ambientes de teletrabalho.

Gerenciar a nomofobia no ambiente de trabalho é crucial para manter a produtividade e as relações profissionais saudáveis. Ao adotar essas estratégias, é possível encontrar um equilíbrio saudável entre a tecnologia e as demandas do trabalho, reduzindo os efeitos negativos da nomofobia no contexto profissional.

Apoio a entes queridos com nomofobia

Quando um amigo ou membro da família enfrenta a nomofobia, é crucial oferecer apoio e orientação. Para ajudar aqueles que estão lidando com esse desafio, é essencial adotar uma abordagem empática e prática. Comece demonstrando empatia e compreensão. Reconheça os sentimentos do seu ente querido em relação à nomofobia e esteja disponível para apoiar. Mostre que você está lá para ouvir e entender o que estão passando. Ofereça ajuda prática no sentido de auxiliar na criação de um ambiente mais favorável ao controle da nomofobia. Isso pode incluir a configuração de limites no uso do celular, a remoção de aplicativos que causam distração ou a ativação de configurações de tempo de tela.

Incentive a busca por tratamento, especialmente se a nomofobia estiver afetando significativamente a qualidade de vida do seu famliar. Sugira a consulta a um profissional de saúde mental, como um psicólogo ou psiquiatra, que pode fornecer orientação e terapias específicas para ajudar a lidar com a nomofobia. Apoie a mudança de hábitos, ajudando na implementação de estratégias para reduzir o uso do celular. Isso pode incluir a prática de mindfulness, o estabelecimento de limites de tempo ou a criação de períodos livres de tecnologia.

Esteja disponível para conversar e ofereça um ouvido atento. Apenas ouvir e permitir que a pessoa compartilhe seus sentimentos sobre a nomofobia pode ser terapêutico e reconfortante.

Encoraje a conexão social. Incentive seu familiar  a participar de atividades sociais e offline que ajudem a combater a solidão e o isolamento associados à nomofobia. A interação com outras pessoas pode ser uma parte importante da recuperação. Respeite o processo de superação, compreendendo que ele é gradual. A nomofobia pode resultar em recaídas, e é essencial ser paciente e evitar fazer julgamentos. 

Ofereça ajuda profissional, se necessário. Em casos mais severos, quando a nomofobia tem um impacto significativo na vida do seu ente querido, incentive a busca por um psicólogo ou psiquiatra que possa fornecer terapias específicas e orientação especializada. Lembre-se de que cada pessoa é única, e o apoio empático, prático e contínuo desempenha um papel fundamental em ajudar alguém a superar a nomofobia e recuperar o controle sobre seu relacionamento com a tecnologia.

Conclusão

Em um mundo cada vez mais digital, a nomofobia, ou o medo irracional de ficar sem o celular, tornou-se um desafio significativo que afeta a vida de milhões de pessoas. Este artigo explorou a definição da nomofobia, seu surgimento na era da tecnologia, os sintomas e efeitos associados, suas causas subjacentes e estratégias para superá-la. Também discutimos a influência da nomofobia na saúde mental e no ambiente de trabalho, bem como maneiras de apoiar entes queridos que sofrem desse medo. É fundamental reconhecer que, embora a tecnologia e os smartphones sejam ferramentas valiosas em nossa vida moderna, é essencial encontrar um equilíbrio saudável em seu uso.

A nomofobia é um lembrete de que a dependência excessiva de dispositivos móveis pode prejudicar nossa saúde mental, relacionamentos pessoais e produtividade. Ao compreender os sinais e sintomas da nomofobia, bem como as estratégias para superá-la, estamos no caminho certo para encontrar esse equilíbrio. A busca de ajuda profissional, a criação de limites no uso de smartphones, a prática de mindfulness e o apoio de amigos e familiares desempenham um papel vital na superação desse medo. Lembre-se de que cada pessoa é única, e a jornada para superar a nomofobia pode ser gradual, mas com apoio e esforço, é possível recuperar o controle sobre seu relacionamento com a tecnologia.

Em um mundo onde a conectividade digital é essencial, é mais importante do que nunca manter um equilíbrio saudável entre a tecnologia e nossa vida, preservando nossa saúde mental e nossas relações pessoais. A nomofobia é um desafio que pode ser superado, e a jornada começa com o reconhecimento e a busca de estratégias eficazes para lidar com esse medo. Estamos aqui para apoiar uns aos outros nessa jornada em direção a uma vida mais equilibrada e saudável, aproveitando o melhor da tecnologia sem cair nas armadilhas da dependência do celular.

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Alcoolismo

Dependência alcoólica ou alcoolismo é uma séria condição de saúde. Nossa experiente equipe está pronta para começar com você a jornada da recuperação.

A dependência apresenta-se de várias formas, sendo as mais comuns a de drogas, de remédios, alcoolismo e tabagismo. A dependência do álcool deve ser entendida como uma doença biopsicossocial, instalando-se por meio de uso contínuo da bebida alcoólica. Tal processo passa pelo uso experimental, uso de baixo risco, uso nocivo, dependência leve, dependência moderada e dependência grave.

O alcoolismo pode desenvolver rapidamente ou por um longo período de tempo. Suas raízes estão basicamente na forma como se lida com o estresse e a ansiedade. Nessas situações o comportamento da dependência entra em ação, colocando o álcool como forma de alívio desses sintomas.

Mesmo depois de perceber já algumas perdas pelo uso do álcool e planejando parar de ingeri-lo, a pessoa simplesmente não consegue, ela perdeu o controle. Quem controla agora é a bebida e, no estado mais crônico, o pensamento que toma conta de todo o dia é o de alimentar sua dependência. Inicia-se assim um ciclo sem fim de comportamento nada saudável que o faz estabelecer laços de dependência ainda mais profundos com o uso da bebida.

O resultado é com frequência devastador, impactando todas as áreas da vida, resultando em doenças crônicas, pouco engajamento social, isolamento, problemas no trabalho, alto desgaste dos relacionamentos familiares e amorosos, estilo de vida caótico e problemas financeiros.  

Cocaína

Dependência a cocaína é uma séria condição de saúde. Nossa experiente equipe está pronta para começar com você a jornada da recuperação.

A dependência apresenta-se de várias formas, sendo as mais comuns a de drogas, de remédios, alcoolismo e tabagismo. Altas doses de cocaína podem provocar alterações graves de comportamento por conta do prejuízo da capacidade de julgamento, da memória e do controle do pensamento (a pessoa parece muito confusa).

A sensação intensa de medo ou paranoia pode levar o indivíduo a recorrer à violência. Ansiedade, insônia e depressão são exacerbados com o aumento do uso. Entre uma ingestão e outra da droga, as pessoas ficam irritáveis e disfóricas (mudanças repentinas e transitórias de estado de ânimo).

A dependência pode desenvolver rapidamente ou por um longo período de tempo. Suas raízes estão basicamente na forma como se lida com o estresse e a ansiedade. Nessas situações o comportamento da dependência entra em ação, colocando a cocaína como forma de alívio desses sintomas.

Mesmo depois de perceber já algumas perdas pelo uso da cocaína e planejando parar de inalá-la, a pessoa simplesmente não consegue, ela perdeu o controle. Quem controla agora é a droga e, no estado mais crônico, o pensamento que toma conta de todo o dia é o de alimentar sua dependência. Inicia-se assim um ciclo sem fim de comportamento nada saudável que o faz estabelecer laços de dependência ainda mais profundos com o uso da droga.

O resultado é com frequência devastador, impactando todas as áreas da vida, resultando em doenças crônicas, pouco engajamento social, isolamento, problemas no trabalho, alto desgaste dos relacionamentos familiares e amorosos, estilo de vida caótico e problemas financeiros.

Crack

Dependência a crack é uma séria condição de saúde. Nossa experiente equipe está pronta para começar com você a jornada da recuperação.

A dependência apresenta-se de várias formas, sendo as mais comuns a de drogas, de remédios, alcoolismo e tabagismo. Normalmente, há uma certa confusão sobre a diferença entre cocaína e o crack, acreditando-se muitas vezes que sejam drogas distintas, porém, em termos de substância ativa, são a mesma coisa.

O que há de diferente entre as duas é a forma de apresentação: enquanto a cocaína é inalada, o crack é fumado. E isso faz uma grande diferença, uma vez que a cocaína, quando aspirada, leva cerca 15 minutos para atingir seu pico, com duração em torno de 45 minutos, o crack leva 10 segundos para atingir a corrente sanguínea, sendo assim mais imediato, porém seu efeito acaba em cerca de 10 minutos.

A dependência pode desenvolver rapidamente ou por um longo período de tempo. Suas raízes estão basicamente na forma como se lida com o estresse e a ansiedade. Nessas situações o comportamento da dependência entra em ação, colocando o crack como forma de alívio desses sintomas.

Mesmo depois de perceber já algumas perdas pelo uso do crack e planejando parar de fumá-lo, a pessoa simplesmente não consegue, ela perdeu o controle. Quem controla agora é a droga e, no estado mais crônico, o pensamento que toma conta de todo o dia é o de alimentar sua dependência. Inicia-se assim um ciclo sem fim de comportamento nada saudável que o faz estabelecer laços de dependência ainda mais profundos com o uso da droga.

O resultado é com frequência devastador, impactando todas as áreas da vida, resultando em doenças crônicas, pouco engajamento social, isolamento, problemas no trabalho, alto desgaste dos relacionamentos familiares e amorosos, estilo de vida caótico e problemas financeiros.

Maconha

Dependência a maconha é uma séria condição de saúde. Nossa experiente equipe está pronta para começar com você a jornada da recuperação.

A dependência apresenta-se de várias formas, sendo as mais comuns a de drogas, de remédios, alcoolismo e tabagismo. A maconha é a droga ilícita mais consumida no mundo. Apesar de muitas vezes o uso vir acompanhado de outra substância, um número substancial dos usuários de maconha a utilizam predominantemente.

A maconha é uma droga perturbadora do sistema nervoso central. Ela é extraída da planta “Cannabis Sativa”, cujo princípio ativo é o THC (tetraidrocanabinol). Há um grande número de casos de pessoas que chegam a desenvolver sintomas psicóticos com o uso.

O uso da maconha pode provocar efeitos no cérebro, coração e pulmão, além de alterações de humor, sensação de relaxamento, sonolência, perda de memória, juízo crítico, aumento da agressividade, tremores, desconfiança, e diminuição da quantidade de testosterona no homem. As pessoas que fumam maconha também estão suscetíveis aos mesmos problemas das pessoas que fumam tabaco, como asma, enfisema pulmonar, bronquite e câncer.

A dependência pode desenvolver rapidamente ou por um longo período de tempo. Suas raízes estão basicamente na forma como se lida com o estresse e a ansiedade. Nessas situações o comportamento da dependência entra em ação, colocando a maconha como forma de alívio desses sintomas.

Mesmo depois de perceber já algumas perdas pelo uso da maconha e planejando parar de ingeri-la, a pessoa simplesmente não consegue, ela perdeu o controle. Quem controla agora é a droga e, no estado mais crônico, o pensamento que toma conta de todo o dia é o de alimentar sua dependência. Inicia-se assim um ciclo sem fim de comportamento nada saudável que o faz estabelecer laços de dependência ainda mais profundos com o uso da droga.

O resultado é com frequência devastador, impactando todas as áreas da vida, resultando em doenças crônicas, pouco engajamento social, isolamento, problemas no trabalho, alto desgaste dos relacionamentos familiares e amorosos, estilo de vida caótico e problemas financeiros.

Medicamentos

Dependência a medicamentos é uma séria condição de saúde. Nossa experiente equipe está pronta para começar com você a jornada da recuperação.

A dependência apresenta-se de várias formas, sendo as mais comuns a de drogas, de remédios, alcoolismo e tabagismo. Os medicamentos mais utilizados, sem dúvida alguma, são os que promovem efeitos sedativos, da classe dos benzodiazepínicos, mesmo que nos dias de hoje somente seja possível os obter mediante receita médica.

O Brasil consome mais benzodiazepínico que todos os outros países do mundo juntos. Esse fato deixa evidente o quanto há abuso desse tipo de medicação por aqui, sendo comum observarmos no dia a dia pessoas que tomam medicamentos desse tipo para qualquer situação, como sendo algo corriqueiro. Há ainda o uso abusivo de outros tipos de remédios com objetivos variados, porém a mais comum são as de efeitos sedativos.

A dependência em medicação é uma das mais difíceis de se perceber, porque não gera um comportamento disruptivo, fora do normal. Mas há sintomas marcantes como sonolência excessiva, falhas de memória, incapacidade de realizar tarefas pequenas, falta de coordenação e de concentração. Alguns pacientes deixam de fazer tarefas de casa necessárias à limpeza e conservação e ainda deixam o autocuidado de lado.

O tratamento geralmente chega tarde, só depois que a pessoa sofre algum acidente ao ingerir quantidade excessiva de remédios e chegando, muitas vezes, à UTI. Depois de estabilizado, os médicos percebem que há ali uma dependência e o encaminham para a reabilitação.
A dependência pode desenvolver rapidamente ou por um longo período de tempo. Suas raízes estão basicamente na forma como se lida com o estresse e a ansiedade. Nessas situações o comportamento da dependência entra em ação, colocando tipos diferentes de medicamentos ou uma mistura deles como forma de alívio desses sintomas.
Mesmo depois de perceber já algumas perdas pelo uso de medicamentos e planejando parar de inalá-la, a pessoa simplesmente não consegue, ela perdeu o controle. Quem controla agora é a droga e, no estado mais crônico, o pensamento que toma conta de todo o dia é o de alimentar sua dependência. Inicia-se assim um ciclo sem fim de comportamento nada saudável que o faz estabelecer laços de dependência ainda mais profundos com o uso da droga.
O resultado é com frequência devastador, impactando todas as áreas da vida, resultando em doenças crônicas, pouco engajamento social, isolamento, problemas no trabalho, alto desgaste dos relacionamentos familiares e amorosos, estilo de vida caótico e problemas financeiros.

Múltiplas drogas

Dependência de múltiplas drogas é uma séria condição de saúde. Nossa experiente equipe está pronta para começar com você a jornada da recuperação.

A dependência apresenta-se de várias formas, sendo as mais comuns a de drogas, de remédios, alcoolismo e tabagismo. Também conhecido como “polidrogas”, o termo é utilizado para designar o uso de mais de um tipo de droga ao mesmo tempo ou em sequência para potencializar ou neutralizar os efeitos de uma droga. Essas substâncias, lícitas ou ilícitas, nem sempre são conhecidas da própria pessoa com dependência, às vezes eles nem sabem o que estão usando.

Estudos mostram que normalmente o álcool está presente em usuários de múltiplas drogas. Seja como for, quem usa mais que uma droga compromete ainda mais a saúde, tanto por efeitos colaterais quanto pela interação medicamentosa, quer dizer, efeitos diferentes de dois agentes administrados individualmente.

A mistura de álcool, barbitúricos, opiáceos e benzodiazepínicos, que promovem efeitos sedativos, por exemplo, é extremamente perigosa. A ingestão de álcool e cocaína, infelizmente comum nos dias de hoje, é também bastante arriscada, sendo altamente tóxica para o fígado e chegando a causar ataques cardíacos.

A dependência pode desenvolver rapidamente ou por um longo período de tempo. Suas raízes estão basicamente na forma como se lida com o estresse e a ansiedade. Nessas situações o comportamento da dependência entra em ação, colocando as drogas como forma de alívio desses sintomas.

Mesmo depois de perceber já algumas perdas pelo uso de múltiplas drogas e planejando parar de ingeri-la, a pessoa simplesmente não consegue, ela perdeu o controle. Quem controla agora é a droga e, no estado mais crônico, o pensamento que toma conta de todo o dia é o de alimentar sua dependência. Inicia-se assim um ciclo sem fim de comportamento nada saudável que o faz estabelecer laços de dependência ainda mais profundos com o uso da droga.

O resultado é com frequência devastador, impactando todas as áreas da vida, resultando em doenças crônicas, pouco engajamento social, isolamento, problemas no trabalho, alto desgaste dos relacionamentos familiares e amorosos, estilo de vida caótico e problemas financeiros.

Dependência em LSD

Dependência de LSD, ou ácido, é uma séria condição de saúde. Nossa experiente equipe está pronta para começar com você a jornada da recuperação.

A dependência apresenta-se de várias formas, sendo as mais comuns a de drogas, de remédios, alcoolismo e tabagismo. O LSD é uma droga muito ligada à cena de música eletrônica e raves, assim como o êxtase. São drogas perturbadoras sintéticas, de efeito alucinógeno. É uma droga que tem um certo ambiente pra usar, geralmente de música eletrônica, apesar de também serem usadas em outras situações.

O LCD, ou ácido, gera intolerância rapidamente. A pessoa começa a usar e em duas ou três semanas já precisa de uma dose dobrada para conseguir o mesmo efeito e depois acaba por mudar de substância. Assim, o mais comum é encontrar o quadro de uso de múltiplas drogas.

Um dos perigos do êxtase é de provocar surtos psicóticos, que são rupturas com a realidade (e não agressividade). Em surto, a pessoa tem ideias extravagantes, anormais, delírios, sentimento de que está sendo perseguido, apresenta comportamentos estranhos.

A dependência pode desenvolver rapidamente ou por um longo período de tempo. Suas raízes estão basicamente na forma como se lida com o estresse e a ansiedade. Nessas situações o comportamento da dependência entra em ação, colocando o LSD como forma de alívio desses sintomas.

Mesmo depois de perceber já algumas perdas pelo uso do ácido e planejando parar de usá-lo, a pessoa simplesmente não consegue, ela perdeu o controle. Quem controla agora é a droga e, no estado mais crônico, o pensamento que toma conta de todo o dia é o de alimentar sua dependência. Inicia-se assim um ciclo sem fim de comportamento nada saudável que o faz estabelecer laços de dependência ainda mais profundos com o uso da droga.

O resultado é com frequência devastador, impactando todas as áreas da vida, resultando em doenças crônicas, pouco engajamento social, isolamento, problemas no trabalho, alto desgaste dos relacionamentos familiares e amorosos, estilo de vida caótico e problemas financeiros.

Dependência em MDMA

Dependência em MDMA é uma séria condição de saúde. Nossa experiente equipe está pronta para começar com você a jornada da recuperação.

A dependência apresenta-se de várias formas, sendo as mais comuns a de drogas, de remédios, alcoolismo e tabagismo. O MDMA é a sigla da substância 3,4-metilenodioximetanfetamina: derivado de anfetamina, que atua como estimulante e alucinógeno.

Ele age sobre os neurotransmissores serotonina, dopamina e noradrenalina. O primeiro deles, o mais afetado, controla as emoções e regula o domínio sensorial e a capacidade associativa do cérebro. Seu uso contínuo pode desregular os neurotransmissores, provocando baixa produção de serotonina, o que pode levar à depressão crônica. O MDMA provoca distúrbios importantes no organismo e, em casos extremos, leva à morte por falência hepática, hipotermia ou parada cardíaca.

A dependência pode desenvolver rapidamente ou por um longo período de tempo. Suas raízes estão basicamente na forma como se lida com o estresse e a ansiedade. Nessas situações o comportamento da dependência entra em ação, colocando a droga como forma de alívio desses sintomas.

Mesmo depois de perceber já algumas perdas pelo uso do MDMA e planejando interromper, a pessoa simplesmente não consegue, ela perdeu o controle. Quem controla agora é a droga e, no estado mais crônico, o pensamento que toma conta de todo o dia é o de alimentar sua dependência. Inicia-se assim um ciclo sem fim de comportamento nada saudável que o faz estabelecer laços de dependência ainda mais profundos com o uso da droga.

O resultado é com frequência devastador, impactando todas as áreas da vida, resultando em doenças crônicas, pouco engajamento social, isolamento, problemas no trabalho, alto desgaste dos relacionamentos familiares e amorosos, estilo de vida caótico e problemas financeiros.

Dependência em jogo

Dependência em jogo, também conhecida pelo termo em inglês glambing, é o termo usado para descrever a dependência física, psicológica e emocional a qualquer tipo de jogo de azar. Apresenta-se de diferentes maneiras, sendo uma das dependências comportamentais mais comuns.

É uma dependência bem comum, mas, como na nossa cultura é pouco condenável, não se dá a importância necessária. O jogo, ao contrário do uso de drogas, não afronta os valores, não é tido como algo negativo em geral. E, apesar de ser proibido no Brasil, os dependentes em jogo encontram outras formas de apostar, como jogos eletrônicos, dominó e cartas, atividades bastantes comuns. Há ainda o famoso jogo do bicho, já tradicional apesar da proibição.

A forma, na verdade, não importa muito. O ponto da questão é a dependência, é não conseguir sair da roda-viva de ganhar e perder. O dependente é estimulado sempre pela possibilidade de ganhar mais do que perdeu. Ele vai até o final, perdendo o que tiver porque já não consegue ter mais senso crítico da realidade, quer ganhar algo que não é possível normalmente. Depois, sob a motivação de ganhar o que perdeu, continua.

Quando ganha, há uma sensação de euforia em que o dependente acredita que pode se manter nesse estado de grande excitação e não consegue parar mais. Está sempre perseguindo essa sensação, assim como o dependente químico encontra no crack, no álcool etc, estímulos ligados à área de gratificação no cérebro.

Pessoas dependentes de jogo e de drogas têm atividades cerebrais semelhantes quando em uso. O jogo é para a pessoa com dependência como se fosse uma droga. Ela tem essa suscetibilidade e não sabe e só descobre quando a dependência já está instalada. O ato da compulsão é uma escolha no início, depois, a pessoa não consegue mais parar.

A dependência pode desenvolver rapidamente ou por um longo período de tempo. Suas raízes estão basicamente na forma como se lida com o estresse e a ansiedade. Nessas situações o comportamento da dependência entra em ação, colocando a jogo como forma de alívio desses sintomas.

Mesmo depois de perceber já algumas perdas pelo comportamento aditivo do jogo e planejando interromper, a pessoa simplesmente não consegue, ela perdeu o controle. Quem controla agora é o jogo e, no estado mais crônico, o pensamento que toma conta de todo o dia é o de alimentar sua dependência. Inicia-se assim um ciclo sem fim de comportamento nada saudável que o faz estabelecer laços de dependência ainda mais profundos com o jogo.

O resultado é com frequência devastador, impactando todas as áreas da vida, resultando em condições crônicas de saúde, pouco engajamento social, isolamento, problemas no trabalho, alto desgaste dos relacionamentos familiares e amorosos, estilo de vida caótico e problemas financeiros.

Dependência em Internet

A dependência em Internet apresenta-se de diferentes maneiras, sendo uma das dependências comportamentais mais comuns.

Pessoas dependentes de internet e de drogas têm atividades cerebrais semelhantes quando em uso. A Internet é para a pessoa com dependência como se fosse uma droga. Ela tem essa suscetibilidade e não sabe e só descobre quando a dependência já está instalada. O ato da compulsão é uma escolha no início, depois, a pessoa não consegue mais parar.

Em geral, os homens baseiam a dependência na internet nos jogos virtuais, atividade que nos dias de hoje conquista milhares de jovens e adultos no mundo inteiro. Já no caso das mulheres, as mídias sociais acabam por ser o campo predominante, onde é estabelecido o comportamento da dependência.

A dependência pode desenvolver rapidamente ou por um longo período de tempo. Suas raízes estão basicamente na forma como se lida com o estresse e a ansiedade. Nessas situações, o comportamento da dependência entra em ação, colocando o uso da Internet como forma de alívio desses sintomas.

Mesmo depois de perceber já algumas perdas pelo comportamento aditivo da internet e planejando interromper, a pessoa simplesmente não consegue, ela perdeu o controle. Quem controla agora é a Internet e o pensamento que toma conta de todo o dia é o de alimentar sua dependência. Inicia-se assim um ciclo sem fim de comportamento nada saudável que o faz estabelecer laços de dependência ainda mais profundos com o mundo virtual.

O resultado é com frequência devastador, impactando todas as áreas da vida, resultando em condições crônicas de saúde, pouco engajamento social, isolamento, problemas no trabalho, alto desgaste dos relacionamentos familiares e amorosos, estilo de vida caótico e problemas financeiros.

Compras

Dependência em compras, também chamado de compulsão em compras, é o termo usado para descrever a dependência física, psicológica e emocional ao ato de comprar.

A pessoa dependente em compras tem uma percepção equivocada sobre o que significa o ato da compra. Na verdade, ele não precisa do objeto adquirido mas é comprando que sente anestesiadas as insatisfações e frustrações da própria vida. Esse comportamento se repete de forma a causar estragos no seu equilíbrio financeiro e da sua família. Além de o paciente comprar mais do que precisaria, gasta também muito mais do que poderia…. >
Histórico de faltas muito importantes na família, abandono, separações, abusos, maus tratos estão normalmente nesse quadro do comprar compulsivamente. O sexo feminino é mais afetado do que o masculino por essa doença, que pode trazer outros transtornos emocionais atrelados. É difícil encontrar uma pessoa que tenha somente compulsão por compras, normalmente, vem associada com depressão, ansiedade ou bipolaridade.

Na fase de euforia da bipolaridade, por exemplo, em que a pessoa se sente onipotente, que acha que pode fazer tudo, compra desmedidamente. Nesse caso, a compra exagerada é um sintoma da bipolaridade e não compulsão por compra.

Na compulsão as pessoas compram o que não vão usar, nem precisam daquele objeto. O ato de comprar é mais importante do que ter o objeto. É uma ocasião em que se exerce um tipo de poder, o poder de compra.

Essa compra pode dar a ilusão de que alguma lacuna afetiva na vida está sendo preenchida. É uma maneira da pessoa se sentir bem em relação a ela mesma. O efeito é de curta duração e logo vem a depressão, porque gastou-se o que não se podia e o problema inicial ainda continua lá.

A dependência pode desenvolver rapidamente ou por um longo período de tempo. Suas raízes estão basicamente na forma como se lida com o estresse e a ansiedade. Nessas situações, o comportamento da dependência entra em ação, colocando a ato de comprar como forma de alívio desses sintomas.

Vigorexia

Dependência em exercícios físicos ou vigorexia é o termo usado para descrever a dependência física, psicológica e emocional a qualquer tipo de exercício físico. Nossa cultura tem uma visão positiva de pessoas bastante ativas fisicamente. A leitura é quem malha muito cuida bem do corpo, portanto da saúde e, assim, há uma baixa crítica nos casos de exagero.

Esta dependência está no rol das compulsões. É preciso ver histórico desse paciente, muitas vezes a compulsão de agora é uma mutação de outra existente anteriormente. Um quadro comum é a pessoa com bulimia, que deixa a bulimia e passa a fazer exercícios físicos com intensidade e frequência alta. Há ainda pessoas com dependência química que deixam a droga e passam para a dependência em exercícios e até com outras comorbidades como anorexia e bulimia.

A vigorexia pode desenvolver rapidamente ou por um longo período de tempo. Suas raízes estão basicamente na forma como se lida com o estresse e a ansiedade. Nessas situações, o comportamento da dependência entra em ação, colocando a prática de exercícios de forma exagerada como forma de alívio desses sintomas.

Mesmo depois de perceber já algumas perdas pelo comportamento aditivo dos exercícios físicos e planejando interromper, a pessoa simplesmente não consegue, ela perdeu o controle. Quem controla agora é a vontade de praticar os exercícios exageradamente e o pensamento que toma conta de todo o dia é o de alimentar sua dependência. Inicia-se assim um ciclo sem fim de comportamento nada saudável que o faz estabelecer laços de dependência ainda mais profundos.

Dependência sexual

Dependência sexual é o termo usado para descrever a dependência física, psicológica e emocional a qualquer tipo de atividade sexual. Apresenta-se de diferentes maneiras, sendo as dependências mais comuns o ato sexual, a masturbação, o consumo de pornografia, entre outros.

O dependente sexual perdeu o controle de suas atitudes nessa área e, mesmo com consequências negativas, não consegue parar. Assim como ocorre com quem tem dependência química, a pessoa com dependência sexual tem sempre essa temática em volta dela. Ou está pensando em como obter sexo, ou está praticando ou está sofrendo abstinência dos momentos que não está se relacionando.

Como não consegue se controlar mais e compromete o senso crítico, coloca-se em várias situações risco. Situações de assédio e abusos podem ocorrer, além do alto risco de contrair doenças sexualmente transmissíveis.

A dependência pode desenvolver rapidamente ou por um longo período de tempo. Suas raízes estão basicamente na forma como se lida com o estresse e a ansiedade. Nessas situações, o comportamento da dependência entra em ação.

Mesmo depois de perceber já algumas perdas pelo comportamento aditivo do sexo e planejando interromper, a pessoa simplesmente não consegue, ela perdeu o controle. Quem controla agora é o sexo e o pensamento que toma conta de todo o dia é o de alimentar sua dependência. Inicia-se assim um ciclo sem fim de comportamento nada saudável, que o faz estabelecer laços de dependência ainda mais profundos.

O resultado é com frequência devastador, impactando todas as áreas da vida, resultando em condições crônicas de saúde, pouco engajamento social, isolamento, problemas no trabalho, alto desgaste dos relacionamentos familiares e amorosos, estilo de vida caótico e problemas financeiros.

Tabagismo

Fumar nos primeiros 30 minutos ao despertar, fumar diariamente, fumar mais cigarros por dia e acordar à noite para fumar são características que estão associadas ao transtorno por uso de tabaco, informa American Psychiatric Association em seu DSM-5.

As doenças médicas mais comuns decorrentes do tabagismo são doenças cardiovasculares, doença pulmonar obstrutiva crônica e câncer. O tabagismo é frequentemente associado a transtornos por uso do álcool ou substâncias, depressão, bipolaridade, ansiedade e até mesmo déficit de atenção ou hiperatividade.

Nossa experiente equipe está pronta para começar com você a jornada da recuperação. A dependência se apresenta de várias formas, estando o tabagismo entre as mais comuns, como também a de drogas, de remédio e alcoolismo. É comum ao fumante minimizar os potenciais efeitos negativos do tabagismo, relativizando ou até mesmo negando o mal que está consumindo. Nos dias de hoje, com a chegada dos cigarros eletrônicos, essa noção configura-se ainda mais fragilizada. A novidade do aparelho, o fato de estar sendo utilizado por jovens – inclusive famosos – e os aditivos com sabores mais palatáveis a essa faixa etária constituem uma falsa noção das consequências orgânicas que podem causar.

O cigarro eletrônico pode causar dependência? Pode sim e suas substâncias tóxicas, disfarçadas ou não por saborizantes (diacetil), podem causar danos à saúde. Os cigarros eletrônicos são “indubitavelmente prejudiciais”, afirma a Organização Mundial de Saúde (OMS) que desaconselha ainda o uso desses vaporizadores aos fumantes que tentam abandonar o hábito. A dependência, como ocorre com outras substâncias, pode desenvolver rapidamente ou por um longo período de tempo. Suas raízes estão basicamente na forma como se lida com o stress e a ansiedade. Nessas situações o comportamento da dependência entra em ação, colocando a maconha como forma de alívio desses sintomas.

Mesmo depois de perceber já algumas perdas pelo tabagismo e planejando parar, a pessoa simplesmente não consegue, ela perdeu o controle. O pensamento que toma conta de todo o dia é o de alimentar sua dependência, desde do despertar até minutos antes de adormecer novamente. Inicia-se assim um ciclo sem fim de comportamento nada saudável que o faz estabelecer laços de dependência ainda mais profundos.

Transtorno do humor

Transtorno do humor é uma condição patológica que apresenta alterações no temperamento e comportamento, na energia, na forma de sentir, de pensar e reagir. Também chamado de perturbação do humor, esse tipo de transtorno compromete não apenas o humor, como também a afetividade e relações sociais.

Tal problema pode impactar diferentes áreas da vida, incluindo a familiar, profissional, estudantil, social e amorosa, uma vez que o transtorno de humor pode se manifestar em episódios isolados ou recorrentes. Consequentemente, o indivíduo é assolado por sérios prejuízos.

 

Tipos de transtorno do humor

 

  • Depressão – Transtorno do humor que gera um estado de angústia, melancolia, ansiedade, desânimo, queda de energia, fadiga e falta de motivação. Não deve ser confundida com os episódios pontuais de tristeza diante dos problemas da vida.
  • Bipolaridade – A bipolaridade, ou transtorno afetivo bipolar, é uma condição caracterizada pela alternância, muitas vezes súbita, de humor e comportamento. A pessoa bipolar oscila momentos de depressão e euforia.
  • Ciclotimia – Ciclotimia é uma condição que integra o espectro bipolar, sendo considerada uma forma mais leve de bipolaridade. Chamada também de transtorno afetivo de personalidade ou personalidade ciclotímica, essa perturbação do humor mescla períodos de euforia, excitação e hiperatividade com outros de tristeza, desânimo e inatividade.
  • Distimia – A distimia, ou transtorno depressivo persistente, é um tipo de depressão. Ela tem a intensidade moderada e duração mais longa que a depressão. Pessoas com distimia são vistas como indivíduos constantemente mal humorados, o que produz impactos negativos para o convívio social.

Rebaixamento cognitivo

O rebaixamento cognitivo é caracterizado pela lentificação das diversas funções cognitivas.

Podem ter origens diversas como por exemplo em alguns transtornos de depressão e ansiedade, assim como também podem estar relacionadas a variadas doenças ocasionadas pelo consumo de substâncias psicoativas.

As funções cognitivas possuem grande importância para o indivíduo, pois trabalham de forma conjunta na aquisição de novos conhecimentos e em diversas funções intelectuais.

O aspecto cognitivo permite o processamento de informações, porém, quando ocorre o seu rebaixamento, essa função apresenta uma diminuição significativa, gerando diversos prejuízos na vida do indivíduo.

A Psicogeriatria

A Psicogeriatria, Psiquiatria da terceira idade, ou Gerontopsiquiatria é uma subespecialidade da psiquiatria que lida com adultos idosos (65 anos ou mais, de acordo com a Organização Mundial de Saúde) e os aspectos emocionais e mudanças cognitivas associados com o envelhecimento. Entre estes incluem-se depressão nervosa, ansiedade, problemas relacionados com dor, perturbações do sono, perda de independência e assuntos relacionados ao “fim da vida”. Os psicogeriatras também diagnosticam e avaliam demência e outras perturbações da memória, capacidade de desempenho de tarefas do paciente e prescrevem medicamentos (quando necessário), além de trabalharem com os familiares no sentido de um melhor entendimento da doença.

Transtorno psicótico

Consiste em delírios, alucinações ou outros sintomas psicóticos por, no mínimo, 1 dia, mas < 1 mês, com retorno, ao final, para o funcionamento pré-mórbido.
O transtorno psicótico breve é incomum. Transtornos de personalidade preexistentes (p. ex., paranoide, histriônico, narcisista, esquizotípico ou limítrofe), bem como certas doenças clínicas (p. ex., lúpus sistêmico, ingestão de esteroide), predispõem ao seu desenvolvimento. Um estressor importante (tal como a perda de um ente querido) pode precipitar o distúrbio.

Pacientes com o transtorno manifestam pelo menos um sintoma psicótico:

  • Delírios
  • Alucinações
  • Fala desorganizada
  • Comportamento grosseiramente desorganizado ou catatônico

Transtorno psicótico breve não é diagnosticado se um transtorno de humor psicótico, transtorno esquizoafetivo, esquizofrenia, distúrbio físico ou efeito adverso de um fármaco (terapêutico ou recreativo) explicar melhor os sintomas.

A diferenciação entre transtorno psicótico breve e esquizofrenia em paciente sem quaisquer sintomas psicóticos prévios se baseia na duração dos sintomas; se a duração exceder 1 mês, o paciente não preencherá mais os critérios diagnósticos necessários para transtorno psicótico breve.

O tratamento do transtorno psicótico breve é semelhante ao tratamento de agudização da esquizofrenia; supervisão e tratamento de curto prazo com antipsicóticos podem ser necessários.

Recaída é comum, mas os pacientes geralmente funcionam bem entre os episódios e têm poucos ou nenhum sintoma.

Comportamento suicida

A pessoa com comportamento suicida vive um estado de ambivalência entre o querer morrer e o querer viver de maneira diferente. Pensamentos, planos e a tentativa de suicídio em si fazem parte do que normalmente é chamado o comportamento suicida.

A possibilidade de comportamento suicida existe permanentemente durante os episódios depressivos maiores: quando há humor depressivo persistente e incapacidade de antecipar felicidade ou prazer, dentre outros fatores.

A tentativa de suicídio pode ser um modo inadequado de pedir socorro para uma situação considerada sem possibilidade de resolução ou sentimento de total desolamento com a vida. Por definição, o suicídio é um ato deliberado executado pelo próprio indivíduo, cuja intenção seja a morte, de forma consciente e intencional, mesmo que ambivalente, usando um meio que ele acredita ser letal.

É comum que a pessoa em sofrimento verbalize sua vontade e algumas das frases mais comuns são: “vou desaparecer”, “vou deixar vocês em paz”, “eu queria poder dormir e nunca mais acordar”. Essas falas assim como as tentativas precisam ser levadas a sério. Não julgue ou banalize os sentimentos, dizendo que não há motivos pra tanto. Procurar ajuda especializada é a melhor e mais segura forma de realmente ajudar.

Algumas das indicações para hospitalização imediata são:

  • Pensamentos de suicídio recorrentes;
  • Alto nível de intenção de morrer no futuro imediato (as próximas horas ou dias);
  • Agitação ou pânico;
  • Existência de plano de uso de métodos violentos e imediatos.

Burnout

Burnout é o termo usado para determinar exaustão física, mental e emocional. Os níveis de energia chegam a um baixíssimo limite e o corpo e a mente não conseguem mais funcionar de forma saudável.

O termo é normalmente associado a pessoas que trabalham muito, conhecidos como “workaholics”. Assim, muitas vezes é tido como algo positivo apesar das pessoas com a síndrome de Burnout apresentarem baixa eficiência. Porém, pode manifestar-se em outras áreas como na criação da família e nos cuidados de alguém com limitações além de outras situações como doenças e dores crônicas.

Mesmo colocando em risco relacionamentos familiares ou a própria saúde, as pessoas com a síndrome de Burnout continuam com suas atividades, com pouca crítica dos efeitos negativos. A vida torna-se inadministrável, férias são desagradáveis, atrasos ou faltar compromissos e comemorações com amigos e famílias tornam-se regra e cuidados com a saúde são adiados indefinidamente até quando não ser mais possível conviver com determinado problema.

Burnout está muitas vezes conectado a crenças profundas que, de alguma forma, leva a pessoa a tentar alcançar padrões impossíveis. “Se não sou eu fazendo isso, tudo está arruinado”, “sou o único a conseguir fazer isso”, “só serei aceito se fizer isso” são pensamentos comuns de uma pessoa que passa pelo Burnout.

Abuso de substâncias, obesidade, dor de cabeça, rigidez muscular, ansiedade e doenças cardiomusculares são comuns entre as pessoas com a síndrome de Burnout.

Anorexia nervosa

São três as principais características da anorexia nervosa: restrição persistente da ingesta calórica em relação às necessidades (a pessoa come menos do que deveria), levando a um peso corporal significativamente baixo no contexto de idade, gênero, trajetória do desenvolvimento e saúde física; medo intenso de ganhar peso ou de engordar, ou comportamento persistente que interfere no ganhode peso, mesmo estando com peso significativamente baixo; perturbação no modo com que o próprio peso ou a forma corporal são vivenciados, influencia indevida do peso ou da forma corporal na autoavaliação ou ausência persistente de reconhecimento da gravidade do baixo peso corporal atual. Os dados são da American Psychiatric Association em seu DSM-5.

Dificilmente uma pessoa que tenha anorexia nervosa percebe que de fato precisa de tratamento. Quando buscam ajuda não é por conta do peso bem abaixo da normalidade, já que não há um insight sobre o problema, mas sim pela angústia emocional e mental consequente da inanição. Assim, normalmente é a família quembusca ajuda para esta pessoa, especialmente depois que percebida uma perda de peso marcante.

Sendo bem mais comum em mulheres que em homens, a anorexia nervosa é um transtorno que se inicia, na maior parte das vezes, na adolescência ou no início da vida adulta e pode ser desencadeada por algum acontecimento estressante e marcante na vida de alguém.

Deve-se salientar ainda o alto risco de suicídio entre as pessoas com anorexia nervosa. Pode haver também um isolamento social significativo e dificuldade de atingir o nível acadêmico/profissional que esteja de acordo com seus potenciais. Porém, é comum também que se tenha essa condição e que continue com suas atividades normalmente, sem comprometer o funcionamento social e acadêmico/profissional por um longo período.

É importante diagnosticar, compreender e tratar a anorexia nervosa, pois o diagnóstico e o tratamento precoces podem alterar a trajetória da vida de uma pessoa. Esclarecer os familiares sobre o transtorno é igualmente importante, para que não se exija do paciente metas impossíveis ou coloca-lo em situações de estresse e para que eles possam ajudar a manter o tratamento medicamentoso, garantindo que não se esqueça ou que se desestimule.

Bulimia

Há muitas informações desencontradas quando o assunto é bulimia alimentar. Para entendermos como esta doença se dá, vamos observar três aspectos essenciais. O primeiro deles são episódios recorrentes de compulsão alimentar, que é quando a pessoa ingere, em um determinado período de tempo, uma quantidade de comida bem acima do normal para a maioria das pessoas naquele tempo e em circunstancias parecidas.

O segundo deles tem a ver como a doença normalmente é reconhecida, com os frequentes episódios de vômitos provocados. A pessoa com bulimia nervosa tem comportamentos compensatórios inapropriados recorrentes para impedir o ganho de peso, sendo a purgação (vômito) o mais comum. O uso de laxantes e diuréticos, entre outros métodos, também estão estes comportamentos inapropriados.

A forma e o peso corporal para a pessoa com bulimia corporal, assim como acontece na anorexia nervosa, têm uma conotação exagerada, sendo estes fatores físicos extremamente importantes para formar sua autoestima.

Sendo bem mais comum em mulheres que em homens, a bulimia nervosa é um transtorno que se inicia, na maior parte das vezes, na adolescência ou no início da vida adulta e pode ser desencadeada por algum acontecimento estressante e marcante na vida de alguém.

Deve-se salientar ainda o alto risco de suicídio entre as pessoas com bulimia nervosa. Porém, diferentemente como ocorre com as pessoas com anorexia nervosa, o desempenho acadêmico/profissional é comumente mantido. Já a vida social é o mais provavelmente afetado de maneira adversa pela doença.

Pode haver também um isolamento social significativo e dificuldade de atingir o nível acadêmico/profissional que esteja de acordo com seus potenciais. Porém, é comum também que se tenha essa condição e que continue com suas atividades normalmente, sem comprometer o funcionamento social e acadêmico/profissional por um longo período.

É importante diagnosticar, compreender e tratar a bulimia nervosa, pois o diagnóstico e o tratamento precoces podem alterar a trajetória da vida de uma pessoa. Esclarecer os familiares sobre o transtorno é igualmente importante, para que não se exija do paciente metas impossíveis ou coloca-lo em situações de estresse e para que eles possam ajudar a manter o tratamento medicamentoso, garantindo que não se esqueça ou que se desestimule.

Ciúme patológico

“Ciúmes é um daqueles estados afetivos, como o luto, que pode ser descrito como normal”, escreveu Freud em artigo publicado em 1922. Sentir ciúmes é algo recorrente e comum em nossas sociedade, chegando a ser uma forma de demonstração de afeto.

Já o ciúme patológico é diferente, é uma emoção irracional, um sintoma que ocorre em variadas condições psiquiátricas. Esse ciúme é altamente nocivo a qualquer relacionamento, sendo uma perturbação em que o indivíduo se sente constantemente ameaçado. A pessoa desenvolve pensamentos obsessivos centrados no parceiro/parceira acreditando irracionalmente na infidelidade dela/dele.

Ocorrendo mais frequentemente em homens que em mulheres, é comum ao ciúme patológico o uso abusivo de álcool, sendo o alcoolismo a mais comum associação à este sintoma. Tal uso, como sabemos, é um potencial multiplicador de ataques violentos psicológicos e físicos.

Comportamento exagerado em buscar ou tentar confirmar preocupações suspeitas, evitar atividades ou situações que possam provocar ciúmes, irritabilidade, agitação,pensamentos suicidas, violência contra o parceiro amoroso ou contra o potencial rival e descontinuidade abrupta de atuação em papeis sociais são alguns pontos emcomum de quem sofre de ciúme patológico.

A pessoa com ciúme patológico sofre constantemente ao acreditar irracionalmente que o outro oferece sua atenção, dedicação e carinho estão sendo destinadas a uma terceira parte e não a ela mesma. A própria insegurança está comumente na base desse comportamento, ao acreditar que ela própria não é merecedora ou é menos merecedora do amor que busca no outro e assim gerando uma expectativa de abandono eminente a todo o momento.

É importante diagnosticar, compreender e tratar o ciúme patológico, pois o diagnóstico e o tratamento precoces podem alterar a trajetória da vida de uma pessoa, assim como de seu parceiro afetivo. Esclarecer os familiares sobre o transtorno é igualmente importante, para que não se exija do paciente metas impossíveis ou coloca-lo em situações de estresse e para que eles possam ajudar a manter o tratamento medicamentoso, garantindo que não se esqueça ou que se desestimule.

​Demências

Podemos definir a demência como um declínio global e progressivo da memória, do intelecto, da crítica e da personalidade. Podemos, com mais propriedade, considerar a demência como uma síndrome de perda adquirida das funções cognitivas, de alterações no comportamento e perda de funções sociais. Graças à melhora das condições sanitárias e de cuidados com a saúde, o tempo de vida médio do ser humano vai sendo aumentado e com este aumento um maior número de indivíduos atinge a idade onde o surgimento das demências é mais provável. Na população de 40 anos a ocorrência é de apenas 0,1%, número que aumenta para 25 a 50% nos que têm acima de 85 anos.

Para termos uma ideia da extensão do problema podemos mencionar que os Estados Unidos tem atualmente 6 milhões de pessoas afetadas pelas demências e o custo de apenas uma das formas de demência, a doença de Alzheimer, é calculado em 67 bilhões de dólares anualmente.

Todos nós teremos que conviver com o problema de alguma forma e é muito importante o conhecime.

As principais causas são:

1. Corticais (com alterações na camada mais superficial do cérebro, o córtex cerebral)
• doença de Alzheimer
• degeneração frontotemporal, que inclui abuso de álcool/drogas

2. Subcorticais (com alterações na camada abaixo do córtex cerebral)
• demência por múltiplos infartos
• doença de Parkinson
• paralisia supranuclear progressiva
• doença de Huntigton
• hidrocefalia de pressão normal
• demência relacionada a AIDS

3. Cortico-subcorticais (com alteração tanto no córtex quanto nas camadas abaixo dele)
• demência vascular
• demência com corpúsculos de Lewy
• degeneração corticobasal

4. Generalizada
• doenças por príon, incluindo a doença de Creutzfeldt-Jakob (doença da vaca-louca)

5. Outras
• tóxico-metabólicas incluindo hipotireoidismo, deficiência de vitamina B12 e drogas/metais
• infecções incluindo neuro-sifilis
• traumatismos cranianos

As desordens demenciais atingem principalmente pessoas que são idosas ou muito idosas. Entre os que têm acima de 65 anos o número fica entre 5 e 8% da população. Acima de 75 anos a proporção atinge 15-20% e acima de 85 anos vai para 25-50%.

Estudos feitos com métodos diferentes mostram uma relação consistente entre a ocorrência da demência e a faixa etária. A cada cinco anos de avanço na idade, a taxa de ocorrência é duplicada. A doença de Alzheimer é a mais comum.

O estágio inicial dura de dois a quatro anos e levanta a suspeita diagnóstica em função de confusão de nomes e lugares, dificuldade de lembrar o que se quer lembrar, dificuldade de tomar decisões, dificuldade de lidar com dinheiro e outras situações da vida cotidiana. Surge ansiedade elevada em função dos sintomas e tendência de evitar as pessoas.

O segundo estágio pode durar de dois a dez anos após a suspeita diagnóstica. Os pacientes apresentam falhas de memória mais acentuadas e maior confusão, inquietação, dificuldade de reconhecer familiares e amigos, problemas com a linguagem, com o pensamento lógico, com a percepção e alterações nos relacionamentos sociais.

O estágio final pode durar de um a três anos com dificuldade até de saber quem se é; ocorrem graves defeitos na linguagem e comunicação, há oscilações de humor com apatia e irritabilidade, agitação, dificuldade de deglutição, tônus muscular aumentado e podem ocorrer convulsões.

Nem todos os pacientes apresentam esta sequência de estágios e há uma variação muito grande na velocidade de progressão da enfermidade.

As diferenças entre uma pessoa com demência e outra com sinais de envelhecimento normal podem ser muito sutis, principalmente com a demência nos estágios iniciais. Estima-se que mesmo que pacientes com início de demência sejam levados às consultas médicas há uma falha no reconhecimento da condição variando de 20 a 70% das oportunidades de estabelecer uma suspeita diagnóstica.

É muito comum as pessoas, principalmente as mais velhas, esquecerem o nome de alguém e depois lembrar, esquecerem onde colocaram as chaves do carro e depois conseguem encontrá-las. As pessoas com demência fazem estes esquecimentos com elevada frequência e não conseguem, mesmo com esforço, recuperar as informações desejadas e, às vezes, os familiares encontram as chaves que estavam sendo procuradas na geladeira ou no açucareiro.

Com o avanço da demência vai ficando evidente que os pacientes não apresentam apenas falhas na memória, mas que o julgamento, o sentido crítico da pessoa está alterado. A pessoa parece agir irresponsavelmente e sem adequação ao ambiente, não demostrando nenhuma preocupação de como suas decisões podem afetar o ambiente ou outras pessoas. Vestem várias camisas ou usam roupas sujas sem nenhum embaraço. Nesta altura fica muito evidente que a pessoa não apresenta os sinais do envelhecimento normal. Algo muito diferente e grave está ocorrendo e já não é difícil suspeitar de uma demência.

Quando o médico recebe um paciente que está apresentando declínio de duas ou mais das capacidades intelectuais: memória, cálculos, linguagem, capacidade crítica, planejamento sequencial, abstração e manipulação viso-espacial, ele inicia um processo de exclusão das enfermidades que podem ter a demência como uma de suas manifestações. Uma vez feita esta eliminação o médico conclui que o paciente apresenta demência e nada mais. As manifestações clínicas orientam o diagnóstico de qual pode ser o quadro demencial.

Não há exames específicos e testes que ajudem nesta tarefa. Tomografia computadorizada ou ressonância nuclear magnética podem contribuir, bem como exames de laboratório. Muitas vezes o diagnóstico só pode ser comprovado após a morte do paciente com a realização de exames microscópicos do cérebro.

Transtorno Borderline de Personalidade

O estudo, a pesquisa e tratamento das pessoas diagnosticadas como portadoras do transtorno borderline de personalidade é um dos maiores desafios para os estudiosos de saúde mental. 

O conceito de personalidade borderline é o resultado inevitável do esforço para definir um limite entre o funcionamento mental neurótico e psicótico.

A personalidade é a síntese de nossos comportamentos, cognições e emoções que faz de cada um de nós uma pessoa única. Estes atributos tendem a ser estáveis e permanentes, permitindo que nossos familiares, amigos e conhecidos possam prever como nós reagiremos a uma dada situação e permite a eles nos descrever para outras pessoas.

Embora nossa personalidade tenha esta característica de estabilidade e permanência, a ponto de nossa reação frente a determinadas situações poder ser previsível, a pessoa com uma personalidade saudável demonstra uma grande variedade de respostas às situações de vida e principalmente às situações estressantes. Um transtorno de personalidade ocorre quando uma pessoa não pode mostrar tal flexibilidade e adaptabilidade. A falta de adaptabilidade e o limitado repertório de respostas frente às situações comuns de vida, e principalmente daquelas mais estressantes, torna-se uma importante fonte de sofrimento para o indivíduo e para os que estão à sua volta.

Os transtornos de personalidade tornam-se reconhecíveis na adolescência ou, às vezes antes, e permanecem pela maior parte da vida adulta. São padrões inflexíveis, muito enraizados e de severidade suficiente para atrapalhar o funcionamento da pessoa e trazem muito sofrimento.
O diagnóstico de transtorno de personalidade pode indicar que o paciente tem um elevado risco de suicídio, afeta o curso e prognóstico de doenças coexistentes, destaca importantes fatores etiológicos, informa ao clínico acerca da evolução e prognóstico do paciente, indica áreas de importante disfunção nos papéis sociais, familiares e ocupacionais e ajuda o clínico na administração global do tratamento.

O instrumento diagnóstico mais utilizado atualmente pelos médicos é o DSM-IV (Manual Estatístico e Diagnóstico editado pela Associação Psiquiátrica Norte-Americana), que estabelece alguns critérios: um padrão difuso de instabilidade das relações interpessoais, auto-imagem e afetos, com acentuada impulsividade começando no início da vida adulta, e presente numa variedade de contextos, como indicado por cinco (ou mais) dos seguintes ítens:

  1. esforços desesperados para evitar abandonos reais ou imaginários.
  2. um padrão de relações interpessoais instáveis e intensas caracterizadas pela alternância de extremos de idealização e desvalorização.
  3. perturbações de identidade: auto-imagem e sentido de self (sentido de ser a própria pessoa, contato com a interioridade) acentuadamente e persistentemente instáveis.
  4. impulsividade em pelo menos duas áreas que são potencialmente lesivas à pessoa (self): compras, sexo, abuso de substâncias, direção perigosa e exageros alimentares.
  5. comportamento suicida recorrente, com tentativas e ameaças ou comportamento auto-mutilantes.
  6. instabilidade afetiva devida à acentuada reatividade de humor (por exemplo, disforia episódica intensa, irritabilidade ou ansiedade usualmente durando poucas horas e só raramente mais que uns poucos dias).
  7. sentimentos de vazio crônicos.
  8. raiva inapropriada e intensa ou difícil de controlar (por exemplo, ataques frequentes de mau humor, raiva constante, agressões físicas repetitivas).
  9. ideação paranóide passageira, relacionada ao estresse ou sintomas dissociativos severos.

Porém, mesmo com a clareza das condições para o diagnóstico do Transtorno Borderline de Personalidade, o diagnóstico pelo médico continua sendo uma questão muito complexa, e deve ser feito por profissionais que tenham um sólido conhecimento dos transtornos de personalidade, um método sistemático de avaliação e muita experiência em lidar com pacientes com estes transtornos.

É importante notar que o diagnóstico de TBP é feito pela presença de uma coleção de traços e não por um critério isolado. 

O quadro clínico típico do TBP é de uma pessoa com graves alterações em várias áreas do seu funcionamento: 

  • Escolaridade interrompida, sem uma carreira profissional definida. Os objetivos mudam rapidamente e nada é levado adiante. São pessoas que estão muito defasadas com os pares que não tiveram interrupções nas suas metas.
  • Relações interpessoais muito perturbadas dentro da família e fora dela. Brigas constantes e agressões físicas não são raras. Qualquer atrito com um chefe ou supervisor adquire uma proporção muito grande, levando o abandono do trabalho. A relação com professores é complicada e tumultuada, dificultando o prosseguimento de estudos. As relações de amizade são quase inexistentes.
  • É frequente o envolvimento com bebidas alcoólicas e outras drogas, o que às vezes leva a extremos de violência e envolvimento em atividades ilegais.
  • Histórico de tentativas de suicídio e ameaças constantes em relação a esta possibilidade. Algumas são tentativas sérias e outras são apenas para manipular e controlar o meio.
  • Condutas auto-mutilantes como cortes e queimaduras.
  • Variação muito grande no humor, com frequentes ataques de fúria, que em geral, são de curta duração.
  • Condutas manipulativas – os portadores de TBP estão sempre negociando com as pessoas à sua volta, não para obter vantagens ou tirar proveito dos outros, mas para tentar uma afirmação de si próprios. Eles parecem estar sempre perguntando quem está no controle da definição desta situação, e da realidade.

Como ficam extremamente fixados nesta questão do exercício de controle, de poder e competência há uma grande perda para as relações interpessoais e a conquista de realizações pessoais e materiais.

São pessoas que tem seus familiares e pessoas próximas aterrorizadas por suas condutas agressivas, sua imprevisibilidade, suas rápidas mudanças, seus ataques de ira, suas ameaças de suicídio, de auto- mutilação e provocação de acidentes. Tudo isto se alterna com momentos onde a pessoa é afável e carinhosa. 

Tipicamente, o portador do TBP tem um discurso coerente, fala coisas com lógica e adequação, não está desorientado e quando a família relata a estranhos os problemas que estão enfrentando com a pessoa acometida, as pessoas às vezes duvidam do que ouviram relatar.

Transtorno Afetivo Bipolar

O Transtorno Bipolar (TB) é caracterizado por alterações de humor que se manifestam como episódios depressivos alternados com episódios de euforia, em diversos graus de intensidade. Diferentemente dos altos e baixos normais pelos quais passam a maioria das pessoas, os sintomas do Transtorno Bipolar são graves. Eles podem ocasionar danos aos relacionamentos, desempenho insuficiente no trabalho ou na escola e até mesmo suicídio.

A base genética do TB é bem estabelecida: 50% dos portadores apresentam pelo menos um familiar afetado, e filhos de portadores apresentam risco aumentado de apresentar a doença, quando comparados com a população geral. 

A mortalidade dos portadores de TB é elevada, e o suicídio é a causa mais frequente, principalmente entre os jovens. Estima-se que até 50% dos portadores tentem o suicídio ao menos uma vez em suas vidas e 15% efetivamente o cometem. Também doenças clínicas como obesidade, diabetes e problemas cardiovasculares são mais frequentes entre portadores de TB do que na população geral. A associação com a dependência de álcool e drogas não apenas é comum (41% de dependência de álcool e 12% de dependência de alguma droga ilícita) como agrava o curso e o prognóstico do TB, piora a adesão ao tratamento e aumenta em duas vezes o risco de suicídio.

O início dos sintomas na infância e na adolescência é cada vez mais descrito e, em função de peculiaridades na apresentação clínica, o diagnóstico é difícil. Não raramente as crianças recebem outros diagnósticos, o que retarda a instalação de um tratamento adequado. Isso tem consequências devastadoras, pois o comportamento suicida pode ocorrer em 25% dos adolescentes portadores de TB. Assim como o diabetes ou as doenças cardíacas, o transtorno bipolar é uma doença de duração longa, que tem de ser controlada cuidadosamente durante a vida da pessoa.

A alternância de estados depressivos com eufóricos é a tônica dessa patologia. Muitas vezes o diagnóstico correto só será feito depois de muitos anos. Uma pessoa que tenha uma fase depressiva, receba o diagnóstico de depressão e dez anos depois apresente um episódio maníaco tem na verdade o transtorno bipolar, mas até que a alteração surgisse não era possível conhecer o diagnóstico verdadeiro. O termo mania é popularmente entendido como tendência a fazer várias vezes a mesma coisa. 

Alterações graves na energia e no comportamento acompanham essas alterações do humor. Os períodos de altos e baixos são denominados episódios de mania e depressão. 
Um episódio maníaco é diagnosticado se o humor elevado ocorrer em associação a três ou mais sintomas na maior parte do dia (quadro abaixo), quase todos os dias, por 1 semana ou mais. Se o humor for de irritação, quatro sintomas adicionais devem estar presentes. 

Um episódio depressivo é diagnosticado se cinco ou mais desses sintomas durarem a maior parte do dia (quadro abaixo), quase todos os dias, por um período de 2 semanas ou mais. Os sinais e sintomas incluem:

  • Energia e atividade aumentadas, inquietação;
  • Humor excessivamente “elevado”, bom demais, eufórico;
  • Irritabilidade extrema;
  • Pensamento acelerado e falar muito e rapidamente, pulando de uma ideia para outra;
  • Distração, não consegue se concentrar direito;
  • Pouca necessidade de sono;
  • Crença super-valorizadas das próprias capacidades e poderes;
  • Juízo crítico deficiente;
  • Gastos excessivos;
  • Um período longo de comportamento que difere do habitual;
  • Aumento do impulso sexual;
  • Abuso de drogas, especialmente cocaína, álcool e medicações para dormir;
  • Comportamento provocador, invasivo ou agressivo;
  • Negação de que há alguma coisa errada;
  • Humor triste, ansioso ou vazio duradouro;
  • Sentimentos de desespero ou pessimismo;
  • Sentimentos de culpa, menos valia ou impotência;
  • Perda do interesse ou prazer em atividades que eram anteriormente apreciadas, incluindo sexo;
  • Diminuição da energia, uma sensação de fadiga ou de estar “devagar”;
  • Dificuldade de se concentrar, recordar, tomar decisões;
  • Inquietação ou irritabilidade;
  • Dorme demais, ou não consegue dormir;
  • Alteração no apetite e/ou perda ou ganho de peso não intencional;
  • Dores crônicas ou outros sintomas corporais persistentes que não são causados por doenças ou lesões físicas;
  • Ideias de morte ou suicídio ou tentativas de suicídio;

A causa propriamente dita é desconhecida, mas há fatores que influenciam ou que precipitem seu surgimento como parentes que apresentem esse problema, traumas, incidentes ou acontecimentos fortes como mudanças, troca de emprego, fim de casamento, morte de pessoa querida.

Em aproximadamente 80 a 90% dos casos os pacientes apresentam algum parente na família com transtorno bipolar.

Por vezes os episódios graves de mania ou depressão podem incluir sintomas de psicose (ou sintomas psicóticos). São sintomas psicóticos comuns alucinações (ver, ouvir ou perceber de algum outro modo a presença de coisas não efetivamente presentes) e delírios (crenças falsas, mantidas com forte convicção e não influenciadas pelo raciocínio lógico nem explicadas pelos conceitos culturais habituais da pessoa). Os sintomas psicóticos no transtorno bipolar tendem a refletir o estado afetivo extremo no momento. Por exemplo, podem ocorrer durante a mania delírios de grandeza, tais como achar que é o presidente ou que tem poderes especiais ou muita riqueza; delírios de culpa ou menos valia, tais como achar que se está arruinado e sem um tostão ou cometeu algum crime terrível, podem aparecer durante a depressão. As pessoas portadoras de transtorno bipolar que têm esses sintomas são por vezes diagnosticadas incorretamente como apresentando esquizofrenia, outro transtorno mental grave. 

​Psicopatia

A psicose é uma disfunção da capacidade de pensamento e processamento de informações. Há uma incapacidade de ser coerente em perceber, reter, processar, relembrar ou agir sobre informações de uma maneira consensualmente validada. Uma das características principais do estado psicótico é a falha em quantificar e classificar a prioridade dos estímulos. A capacidade de agir sobre a realidade é imprevisível e diminuída, porque o paciente é incapaz de distinguir os estímulos externos os internos.

Os pacientes que estão em um estado psicótico, em geral, agem de modo estranho (por exemplo: maneirismos, postura), vestem-se bizarramente, respondem a alucinações, têm crenças falsas e delirantes e, consistentemente, confundem a realidade dos eventos. Eles são, frequentemente, impulsivos e em perigo constante de agir, baseados em percepções distorcidas ou ideias delirantes, resultando em lesão ou morte não-intencionais. O pensamento é desorganizado e incoerente, o que se evidencia na fala do paciente. A memória é prejudicada no registro, retenção e recuperação das lembranças. A orientação, especialmente quanto ao tempo, pode estar prejudicada. O comportamento psicomotor pode ser hipo ou hiperativo em relação aos movimentos e à fala. As emoções podem variar de apatia e depressão a medo e raiva. Os pacientes que se apresentam em um estado psicótico são impulsivos e incapazes de priorizar os estímulos e suas reações a estes. Por causa desta disfunção, devem sempre ser considerados como um perigo para si mesmos, um perigo para os outros e, severamente, incapazes. 

O aspecto central da psicose é a perda do contato com a realidade, dependendo da intensidade da psicose. Num dado momento a perda será de maior ou menor intensidade. Os psicóticos quando não estão em crise, zelam pelo seu bem-estar, alimentam-se, evitam machucar-se, têm interesse sexual, estabelecem contato com pessoas reais. Isto tudo é indício da existência de um relacionamento com o mundo real. A psicose propriamente dita começa a partir do ponto em que o paciente se relaciona com objetos e coisas que não existem no nosso mundo. Modifica seus planos, suas ideias, suas convicções, seu comportamento por causa de ideias absurdas, incompreensíveis, ao mesmo tempo em que a realidade clara e patente significa pouco ou nada para o paciente. Um psicótico pode sem motivo aparente cismar que o vizinho de baixo está fazendo macumba para ele morrer, mesmo sabendo que no apartamento de baixo não mora ninguém. A cisma nesse caso pertence ao mundo psicótico e a informação aceita de que ninguém mora lá é o contato com o mundo real. O psicótico vive num mundo onde a realidade é outra, inatingível por nós ou mesmo por outros psicóticos, mas vive simultaneamente neste mundo real.

O principal sintoma que um psicótico tem é toda convicção inabalável, incompreensível e absurda, conhecida como delírio. O delírio pode ser proveniente de uma recordação para a qual o paciente dá uma nova interpretação, pode vir de um gesto simples realizado por qualquer pessoa como coçar a cabeça pode vir de uma ideia criada pelo próprio paciente, pode ser uma fantasia como acreditar que seres espirituais estejam enviando mensagens do além através da televisão, ou mais realistas como achar que seu sócio está roubando seu dinheiro. O exemplo do vizinho citado também é um delírio. A constatação de um delírio não é tarefa para leigos, nem mesmo os clínicos gerais estão habilitados para isso; somente os psiquiatras e profissionais da área de saúde mental.

Para diagnosticar uma psicose, o profissional observa o nível de consciência do paciente, se ele está sonolento, desperto ou em vigília, se é capaz de se concentrar, de memorizar, se tem noção de tempo e de espaço, se reage afetivamente, se tem ideias a respeito das coisas que se lhe apresentam, se é capaz de raciocinar e se tem percepção e juízo da realidade.

A psicose não se refere a uma doença específica, trata-se de uma síndrome, ou seja, de um conjunto de doenças diferentes, que possuem sinais e sintomas semelhantes. A esquizofrenia é um dos quadros psicóticos de maior importância. As doenças afetivas, que se caracterizam por fases de depressão e mania, podem também se apresentar como quadros psicóticos, apresentando os conteúdos afetivos da doença como características do delírio. A fase depressiva apresenta delírios de ruína, de culpa, prejuízo, morte, o paciente se sente responsável por grandes catástrofes mundiais, por guerras e desastres. Na fase maníaca os delírios são de grandeza ou de poder. Os quadros psicóticos são caracterizados também por visões de situações fúnebres, por depressão, a pessoa pode chorar muito e ouvir vozes que podem ser de comando ou podem estar chamando pessoas que já morreram, além de outros delírios. A psicose pode aparecer em qualquer fase da vida.

O uso de drogas como LSD e cocaína podem causar sintomas psicóticos. O álcool também pode causar alucinose alcoólica e o delirium tremens. Algumas doenças como tumores cerebrais e até a AIDS podem levar ao aparecimento da síndrome. A psicose é tratada com medicamentos e, em casos mais graves, a internação é inevitável, mesmo que tenha como objetivo um tratamento rápido com alta precoce. O indivíduo psicótico não tem consciência do seu estado e, por este motivo, pode recusar a medicação. Estas características da síndrome reforçam a ideia da importância da intervenção da família até que o paciente possa tomar conta de si próprio. Alguns sinais de uma crise típica de psicose são:

  • Alucinações auditivas, visuais ou olfativas;
  • Sensações e desconfiança de estar sendo observado, provocado, comentado, controlado, perseguido, vigiado, traído;
  • Sensação de que o ambiente está estranho;
  • Agitação, confusão, agressividade;
  • Não falar coisa com coisa;
    Insônia e inapetência;
    Sensação de que os mais diversos fatos não são coincidências mas sim que eles tem alguma coisa a ver com ela;
  • Atribuição de significados diferentes a coisas reais que estão realmente acontecendo;
    Isolamento, não querer contato com ninguém, assumir um comportamento estranho;
  • Pensamento bloqueado, interrompido. A pessoa parece que não consegue transmitir uma ideia até o fim;
  • Desleixo com a aparência e a higiene;

Algumas possíveis Causas:

  • Esquizofrenia;
  • Algumas fases do Distúrbio Afetivo Bipolar;
  • Parto (Psicose Puerperal);
  • Reação a alguns medicamentos (por exemplo Anfetaminas e Cortisona);
  • Traumatismos Cranianos;
  • Álcool e drogas (principalmente Cocaína, Ecstasy, LSD, Cogumelos, Chá de Santo Daime e Crack);
  • Doenças Físicas (por exemplo Lupus, Hipertireoidismo);
  • Doenças Neurológicas (por exemplo “derrame”, tumores cerebrais);
  • Em pacientes de idade avançada ela pode ser o prenúncio de uma involução cerebral assim como ser um sintoma de uma simples infecção urinária;
  • Alzheimer;

Nem sempre tem relação com acontecimentos atuais ou passados, com fatores de desenvolvimento de personalidade ou com problemas de relacionamento familiar, mas uma situação estressante pode desencadear uma psicose. O mais comum é a combinação de duas ou mais causas.

Esquizofrenia

A Esquizofrenia é um transtorno mental de causa exata desconhecida, porém pesquisas indicam que ambiente, tendências genéticas e desequilíbrio químico podem ser alguns dos fatores.

A esquizofrenia é caracterizada pelo comportamento social anormal. Nos casos mais graves, os pacientes podem ver ou ouvir coisas que não existem. O tratamento costuma durar a vida toda e, geralmente, envolve uma combinação de medicamentos e terapia psicológica e social.

Sintomas
Os comportamentos que podem ser sinais precoces de Esquizofrenia são:

  • Ouvir ou ver coisas que não existem;
  • Sentimento constante de estar sendo vigiado;
  • Maneira de falar ou escrever que é peculiar ou que não tem sentido;
  • Posições corporais atípicas;
  • Sentir-se indiferente em situações importantes;
  • Deterioramento da capacidade de estudar e trabalhar;
  • Mudanças da aparência ou da higiene corporal;
  • Mudança de personalidade;
  • Aumento do isolamento de situações sociais;
  • Incapacidade de concentrar-se e dificuldade para dormir;
  • Comportamento inapropriado ou inadequado;
  • Preocupação extrema com temas religiosos ou de misticismo;

Os sintomas podem se desenvolver lentamente durante meses ou anos ou podem aparecer repentinamente. A perda de concentração, falta de energia e de motivação, desinteresse pelas pessoas e pelo ambiente também são característicos da Esquizofrenia. As pessoas com esse transtorno frequentemente ficam incapacitadas para o trabalho, para as coisas comuns do cotidiano, podem chegar até ao abandono do cuidado com a própria higiene. Muitos chegam a viver como moradores de rua.

​Depressão

A depressão é definida pela medicina como um transtorno do humor. Isto significa uma diminuição do humor que é acompanhado por um conjunto de sintomas variados: ansiedade, agitação, lentidão do funcionamento mental, falta de energia e de vontade, ideias de desvalia, disfunções fisiológicas (por exemplo: insônia ou excesso de sono), ideias suicidas e queixas diversas.

É normal que uma pessoa experimente sentimento de tristeza frente a determinadas circunstâncias da vida (por exemplo: morte de uma pessoa querida, divórcio, perda de trabalho, perda de saúde, mudança, etc).

A depressão é uma alteração muito mais grave do humor e pode causar danos enormes à pessoa acometida.

As relações interpessoais ficam muito comprometidas e podem levar a separações conjugais, perdas de relacionamentos com pessoas significativas em ligações de amizades ou profissionais. A capacidade de produzir fica também muito afetada.

Os sintomas variam de pessoa para pessoa. Se alguém apresenta, por um período maior que duas semanas cinco ou mais dos sintomas da lista abaixo ou se os sintomas são tão severos que interferem em sua vida diária, afirmamos que ela apresenta uma depressão clínica.

Sintomas

  • Tristeza prolongada, sensação de vazio e ataques de choro sem explicação;
  • Dormir muito pouco ou dormir muito;
  • Perda ou aumento de apetite e de peso;
  • Perda de interesse ou prazer em atividades que antes eram prazerosas;
  • Inquietação ou irritabilidade;
  • Sintomas físicos persistentes que não respondem ao tratamento (como dor de cabeça, dor crônica, prisão-de-ventre e outras alterações digestivas);
  • Dificuldades para concentrar-se, recordar ou tomar decisões;
  • Fadiga ou perda de energia;
  • Sentimento de culpa, de desesperança ou inutilidade;
  • Pensamentos recorrentes sobre a morte ou suicídio;

Mas somente o profissional com treinamento adequado poderá estabelecer um diagnóstico, diferenciar outras condições que podem estar determinando a depressão, como o uso de alguns medicamentos, doenças clínicas, etc., e indicar as melhores opções de tratamento. É uma condição que necessita de um tratamento vigoroso.

Causas

Muitas causas podem contribuir para que uma pessoa tenha uma depressão clínica. Em algumas pessoas um só fator parece estar envolvido. Outras ficam deprimidas sem nenhuma causa aparente. Independente da causa ou causas da depressão clínica, ela precisa ser diagnosticada e tratada.

As causas da depressão mais comumente sugeridas são:

  • Biológicas – As pessoas com depressão clínica podem ter excesso ou falta de algumas substâncias no cérebro, os chamados neurotransmissores. As mudanças nestas substâncias podem causar ou contribuir para a depressão.

  • Cognitivas – Pessoas que tem um padrão negativo de pensamento – pessoas que são pessimistas, que se preocupam excessivamente, que tem uma autoestima baixa ou sentem que tem pouco controle sobre os acontecimentos da vida – são mais passíveis de desenvolver uma depressão.

  • Fatores ligados ao sexo – As mulheres têm o dobro de possibilidade de desenvolver uma depressão que os homens. Isto pode estar ligado tanto aos fatores biológicos (hormonais) quanto aos culturais (o papel da mulher na nossa sociedade).

  • Medicamentos – Alguns medicamentos podem causar depressão e este é um fator muito importante no nosso país onde a automedicação é uma prática rotineira.

  • Genética – Os componentes genéticos da depressão ficam visíveis em famílias onde a depressão ocorre com uma frequência elevada.

  • Situacionais – Dificuldades na vida, incluindo problemas financeiros, divórcio, morte de pessoas amadas, mudanças ou qualquer perda significativa pode contribuir para a depressão clínica.

  • Co-ocorrência – A depressão clínica frequentemente ocorre junto com certas doenças como derrame, doença cardíaca, câncer, doença de Parkinson, doença de Alzheimer, diabetes e transtornos hormonais. Esta depressão é chamada de co-ocorrente e é importante que ela seja tratada ao mesmo tempo que a doença física.

A depressão clínica pode co-ocorrer também em pessoas com outros transtornos mentais tais como transtornos alimentares, transtornos de ansiedade incluindo a síndrome do pânico, transtorno obsessivo-compulsivo e síndrome de estresse pós-traumático.

No esforço para tentar lidar com a dor emocional ocasionada pela depressão clínica algumas pessoas tentam se automedicar com o abuso de bebidas alcoólicas e drogas ilegais. Portanto, a depressão clínica pode co-ocorrer também com o abuso de drogas ilegais e de bebidas alcoólicas.

​Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC)

É um transtorno mental decorrente da ansiedade patológica que ocorre em geral, em pessoas que sobrevivem a desastres (incêndio, guerra, terremoto, etc) ou experiências muito traumatizantes, (como violência física e/ou psicológica, etc) e não conseguem limpar essas imagens de suas mentes. As pessoas acometidas pelo transtorno obsessivo-compulsivo tentam reduzir sua ansiedade patológica com as obsessões (pensamentos repetitivos, não desejados) e com as compulsões (comportamentos repetitivos que fogem ao controle).

Os comportamentos repetitivos (compulsões) são uma tentativa de reduzir a ansiedade relacionada às ideias repetitivas e invasoras (obsessões), mas nem sempre funcionam, podendo até aumentar a ansiedade. Nestas situações a pessoa pode apresentar somente obsessão, somente compulsão ou ambos.

Como exemplo de comportamentos de uma pessoa que sofre com esse Transtorno, podemos citar:

• Constante lavagem das mãos – A pessoa lava as mãos até destruir a pele na tentativa de livrar-se de germes contaminantes.

• Verificação – A pessoa gasta uma hora ou mais de seu dia em seu ciclo de verificação de portas, janelas, fogão e outros aparelhos domésticos tentando satisfazer uma dúvida imperiosa.

• Obediência a regras rígidas de procedimentos – A pessoa faz demorados procedimentos para evitar que ocorram danos a si mesma ou a seus familiares; como contagens, não pisar em rachaduras das calçadas, não passar debaixo de escadas, etc.

• Estocagem – A pessoa resiste à ideia de jogar no lixo mesmo os objetos mais inúteis por preocupações não reais de que eles podem fazer falta no futuro.

As pessoas com TOC podem passar algumas horas ou grande parte do dia tentando lidar com as obsessões e compulsões e nos casos não tratados é impossível a pessoa ter uma vida produtiva normal.

Fobias

As fobias são medos irracionais profundos, perturbadores e desorganizadores da vida da pessoa acometida e que resultam no evitar consciente de um objeto, situação ou atividade temida. A pessoa percebe que o medo é infundado e isto o torna mais perturbador. São situações que trazem muito sofrimento, mas que podem ser tratadas. Não se refere à timidez ou pequenos desconfortos, trata-se de um medo intenso, tão forte, que às vezes, a pessoa não pode realizar a tarefa temida.

 

  • Fobia Social – medo extremo de um particular objeto ou situação que não é ameaçador intrinsecamente. Algumas pessoas têm medo de ser observadas enquanto escrevem ou comem, e chegam a evitar essas situações não frequentando restaurantes e levando cheques já preenchidos.
  • Claustrofobia – medo de espaços fechados
  • Acrofobia – medo de lugares altos
  • Medo de animais – particularmente de cães
  • Agorafobia – medo de lugares e situações das quais a fuga pode se tornar difícil tais como estar numa multidão, numa loja cheia de pessoas, etc. Nos casos mais severos de agorafobia não tratados a pessoa pode ficar totalmente impedida de sair de casa sem ajuda e quando o faz é com grande sofrimento. É frequente o desenvolvimento de agorafobia após um ou mais ataques de pânico.

 

Algumas fobias específicas têm pouco impacto na vida da pessoa, outras podem ter grande impacto na capacidade funcional, no trabalho e na vida familiar. A pessoa sabe que os medos não são lógicos, mas a capacidade de superá-los sem tratamento é pequena.

Pânico

É um dos transtornos mentais mais conhecidos pela população. Tem como principal sintoma o ataque de Pânico, que surge sem razão aparente e causa: aceleração cardíaca, dores no tórax, sudorese, tremor, agitação, náusea, dificuldade de respirar, sensação de sufoco, calafrios, dores de estomago, tontura, sensação de morte iminente. Os ataques ocorrem em períodos de intensa ansiedade, surgem espontaneamente e que usualmente duram menos de uma hora e aproximadamente duas vezes por semana, podendo ser mais ou menos frequentes. Estes ataques de pânico podem também estar associados a agorafobia – medo de estar sozinho em lugares públicos, especialmente em situações nas quais uma saída rápida, uma fuga, seria difícil, por exemplo em uma multidão ou em uma loja cheia de pessoas. A pessoa que tem um ataque desta natureza pensa que está tendo um ataque cardíaco ou outra emergência médica, e frequentemente vai até um pronto-socorro.

A falta de um diagnóstico correto pode levar a pessoa de médico em médico, à realização de inúmeros exames desnecessários na tentativa de esclarecer a origem destes ataques que continuam a repetir-se. Os transtornos de pânico quando corretamente diagnosticados são tratáveis e o tratamento impede a progressão do transtorno. Muitas pessoas que tiveram ataques de pânico sem um tratamento correto chegaram a ficar reclusas em suas próprias casas, incapacitadas para as suas atividades profissionais e afastadas de relacionamentos afetivos e sociais, com o consequente agravamento do quadro clínico.

Ansiedade

Ansiedade é um sentimento de apreensão muito desagradável, difuso e acompanhado por uma ou mais sensações corporais como sentimento de vazio na região do estômago, coração acelerado, aperto no tórax, transpiração, dor de cabeça, boca seca, tontura, inquietação e necessidade de movimentar-se. As pessoas com transtornos ligados à ansiedade preocupam-se constantemente com a sua saúde, com os seres queridos, com suas finanças, com seus empregos mesmo quando não há nada de preocupante. Elas podem experimentar uma preocupação sem nome acerca da vida em geral, sem um foco de preocupação específica.

Demonstram-se pessoas tensas, com muita dificuldade para relaxar e podem ter insônia. Muitas apresentam sintomas físicos como tremores, fadiga, tensão muscular, dor de cabeça, irritabilidade, etc.

Há uma probabilidade que a pessoa com ansiedade tenha outros problemas de saúde mental como depressão e abuso de drogas.