Os jogos de azar, como cassinos, apostas esportivas e loterias, podem ser uma fonte de entretenimento para muitas pessoas. No entanto, para alguns, esse passatempo se transforma em um vício perigoso, com impactos devastadores na vida pessoal, financeira e emocional.
Estima-se que cerca de 2% da população global sofre de jogo patológico, uma forma severa de vício em jogos de azar. Também conhecido como ludopatia, esse problema é caracterizado pela incapacidade de controlar a vontade de jogar, apesar das consequências negativas, funcionando de maneira semelhante a outras dependências, como álcool ou drogas.
Como o vício em jogos de azar afeta o cérebro
A dependência em jogos, envolvem um processo complexo no cérebro, especialmente no chamado “sistema de recompensa”, que desempenha um papel crucial na promoção de sensações de prazer e euforia. Ele é ativado quando realizamos atividades que proporcionam satisfação, como comer, socializar ou realizar uma conquista.
A prática compulsiva de jogos gera uma liberação intensa de dopamina, o neurotransmissor associado ao prazer, nesta via de recompensa. Com o tempo, o cérebro se adapta a essa liberação excessiva e começa a exigir cada vez mais do comportamento para alcançar o mesmo nível de satisfação. Essa “tolerância” leva o indivíduo a aumentar a frequência e intensidade da prática, intensificando o ciclo de dependência.
Os indivíduos afetados frequentemente enfrentam problemas financeiros graves, perda de emprego, desintegração de relacionamentos e deterioração da saúde mental. Além disso, o comportamento compulsivo pode levar a dívidas substanciais, com muitos jogadores recorrendo a empréstimos, vendendo bens ou até mesmo cometendo crimes para sustentar o vício.
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Sinais de vício em jogos de azar
Identificar o vício em jogos de azar pode ser difícil, mas alguns sinais comportamentais podem servir de alerta:
- Necessidade crescente de dinheiro: O jogador sente a necessidade de apostar quantias maiores para obter a mesma sensação de excitação.
- Mentiras e segredos: A pessoa começa a mentir sobre o tempo e o dinheiro gasto jogando.
- Tentativas frustradas de parar: O jogador tenta repetidamente parar de jogar, mas não consegue.
- Comportamento obsessivo: A mente do jogador é constantemente ocupada com pensamentos sobre apostas.
- Consequências negativas: Apesar dos problemas financeiros e emocionais, o jogador continua a apostar.
Impactos emocionais e sociais
O vício em jogos de azar pode levar a problemas emocionais graves, como ansiedade, depressão e aumento do risco de suicídio. A sensação de fracasso após perdas financeiras e a vergonha de não conseguir controlar o comportamento podem fazer com que o jogador entre em um ciclo perigoso de isolamento e autodestruição.
A família e os amigos desempenham um papel crucial no reconhecimento e apoio ao tratamento do vício. Muitas vezes, o jogador nega ou minimiza o problema, e cabe às pessoas próximas estarem atentas aos sinais e oferecer ajuda. Uma abordagem compreensiva e sem julgamentos é essencial para incentivar o jogador a buscar tratamento.
Tratamento para vício em jogos de azar
O tratamento para o vício em jogos de azar envolve uma combinação de terapia psicológica, terapias de grupos, terapias individuais e em alguns casos, medicação. Na clínica Reconciliar, o tratamento envolve também a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) que incentiva a construção de habilidades de enfrentamento saudáveis, permitindo que os pacientes encontrem alternativas positivas para lidar com o estresse e a ansiedade.
A Estimulação Modular Transcraniana (EMT), tem demonstrado ser uma das técnicas mais eficazes para redução de sintomas como impulso incontrolável de jogar, ansiedade intensa, irritabilidade, nervosismo, comportamento impulsivo ou explosivo. Sintomas que geralmente são os responsáveis por levar o indivíduo a uma recaída.
O programa multidisciplinar também agrega a esse tratamento, através de atividades complementares, como arte-terapia, massoterapia, musicoterapia, yoga, hidroginástica e atividades físicas. O paciente tem acesso a aulas de muay-thai, jiu-jitsu e outras atividades que promovem o bem-estar físico e mental. A equipe segue um cronograma estruturado para garantir a execução de todas essas atividades, promovendo uma experiência de cuidado integrada e humanizada.
O vício em jogos de azar é uma condição séria e progressiva. Quanto mais cedo a ajuda for procurada, maiores as chances de recuperação. O apoio profissional, como psicólogos e psiquiatras especializados em transtornos do comportamento, pode ser fundamental para ajudar o jogador a recuperar o controle sobre sua vida.
Pesquisas mostram que o tratamento combinado, que inclui terapia individual, apoio familiar e, quando necessário, medicação, pode aumentar significativamente as chances de sucesso na recuperação do vício em jogos de azar.
Muitas pessoas acreditam que o vício em jogos de azar é apenas uma falta de força de vontade, mas, na verdade, trata-se de uma doença psicológica complexa que afeta os circuitos de recompensa do cérebro. É essencial desmistificar essa ideia para que aqueles que sofrem com o problema se sintam mais confortáveis para buscar ajuda sem o estigma de serem julgados.
A importância de procurar ajuda
O vício em jogos de azar é uma condição séria, mas com tratamento adequado e apoio, é possível recuperar o controle da vida. Quanto antes a ajuda for buscada, maiores são as chances de sucesso na recuperação.
O vício em jogos de azar é um problema sério, com impactos profundos na vida pessoal e emocional dos indivíduos. A Clínica Reconciliar oferece um programa multidisciplinar estruturado para ajudar pacientes a superar o vício, com suporte psicológico, psiquiátrico e terapias integrativas.Está em busca de informações sobre internação para tratamento?
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